Saúde pública e medicina privada

As greves de médicos
no norte e nordeste
mostram as mazelas do
nosso sistema de saúde.
De um lado, medicina de
primeiro mundo e, de outro,
saúde de país pobre.

Aqui no sul e sudeste
não é diferente. A maioria
das cidades do ABC
tem problemas gravíssimos,
contornados pelo
poder econômico que vem
conseguindo apagar os
incêndios aqui e acolá.
Também os planos de saúde
funcionam como válvula
de escape para quem
está empregado na indústria,
comércio e serviços.

Não fosse a ajuda da
economia em crescimento e
do aumento no nível de empregos,
já estaríamos sentindo
essa crise mais perto.

Saúde pública

Saúde pública se faz
com programas preventivos,
com acompanhamento
e assistência aos carentes,
aos idosos e às crianças.
Com cuidados materno-
infantis e com programas
de saúde da mulher.

Com vigilância epidemiológica,
com agentes comunitários
e programa
saúde da família. E também
com moradia, saneamento
básico, educação,
transporte, alimentação,
lazer, esportes e cultura,
que são determinantes sociais
de saúde.

Saúde pública se faz
com dinheiro público a fundo
perdido. Saúde pública
se faz com investimento
social sem perspectiva de
lucro.

Saúde pública é questão
de Estado, de soberania,
de cidadania e de bem
estar social. É dever do Estado
e direito constitucional
do cidadão.

Medicina privada

Fica claro porque a
nossa medicina tecnológica
e de alto custo, privada
e privatista, uma atividade
empresarial, símbolo
de status e privilégio das
elites, não consegue dar as
respostas que precisamos e
queremos.

Insistir na privatização
e no desmonte do sistema
público de saúde,
como fazem as prefeituras
de São Paulo, São Bernardo
e muitas outras, será
um desastre irreparável.

O interessante é que
escolher o caminho ainda
depende de nós.

Departamento de Saúde e Meio Ambiente