Scania negocia investimento com a matriz e anuncia contratações

Com operações em três turnos de produção em algumas áreas o complexo industrial da Scania, em São Bernardo do Campo, SP, parece ter virado de vez a página da traumática transição para o Euro 6. Para alicerçar o aumento da demanda o chão de fábrica ganhará o reforço de trezentos profissionais até junho, segundo o presidente e CEO da Scania Latin America, Christopher Podgorski.

Ele está otimista com 2024, em que projeta incremento de 15% nas vendas. O ano começou aquecido, os telefones voltaram a tocar estimulados pelo movimento de queda nos juros, hoje em 10,75% ao ano. No primeiro bimestre os 2,5 mil emplacamentos superaram em 50% o volume do mesmo período em 2023, ao passo que o mercado encolheu 10,6% – a Scania não possuía estoque de Euro 5 para comercializar no início do ano passado.

Neste cenário novo ciclo de investimentos já vem sendo negociado com a matriz. Embora Podgorski tenha afirmado que negociações ocorrem todos os anos, em uma perspectiva de dez anos, com o objetivo de renovar, manter a capacidade e introduzir novos produtos, ele contou que foi apresentado um novo plano: “Não foi aprovado ainda, mas não significa que não está aprovado”.

Trata-se de um aporte incremental, como qualificou, com o objetivo de introduzir novas tecnologias. O executivo assegurou que a Scania não descarta a eletrificação de ônibus e que não há datas definidas para a sua introdução, mas que deverá ocorrer em breve. “Este é o momento de maturar o plano de negócios. Estamos em discussão adiantada. Não é uma questão de se, mas de quando. Teremos a eletrificação industrializada aqui.”

Da AutoData