Scania reduz expectativa de vendas de caminhões a gás no Brasil

A pandemia do novo coronavírus e a crise que chegou junto com ela pode retardar ainda mais a adoção de tecnologias mais amigáveis ao meio ambiente e menos poluentes no Brasil dedicadas ao transporte de cargas.  Há quase quatro meses, no início de fevereiro, a Scania apostava em 2020 como um ano histórico no qual poderia finalmente colocar em prática, ou melhor, nas estradas, sua mais nova solução para o setor, o caminhão movido a gás natural veicular (GNV), tanto na forma comprimida (GNC) ou liquefeita (GNL), além de biometano, gás derivado de lixo e matérias orgânicas em decomposição.

Com a crise impactando ainda mais a economia brasileira, agora a Scania tira o pé do acelerador e avalia o novo cenário para a venda dos caminhões movidos a gás. A nova estimativa foi feita na quinta-feira, 28, pelo diretor de vendas Silvio Munhoz durante coletiva de imprensa virtual sobre a entrega dos primeiros caminhões a gás vendidos no Brasil. O executivo acrescentou que entre as dificuldades para introduzir a nova tecnologia no País, está o índice de nacionalização, hoje entre 40% e 45%.

Munhoz disse ainda que a introdução do caminhão a gás no Brasil vem sendo trabalhada pela Scania desde 2015 e neste período outra grande dificuldade foi a de unir toda a cadeia necessária para que o caminhão pudesse operar adequadamente. Vencida a etapa de produção nacional do veículo – a montadora investiu R$ 30 milhões para produzi-los em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP) – e também a inclusão de novos fornecedores para o projeto, a empresa conta sobre o esforço de trazer para perto os produtores de gás natural no País e viabilizar a rede de abastecimento.

Do Automotive Business