“Se deixar de inovar, morre” diz Frade
Nas últimas duas semanas, a Tribuna conheceu as ferramentarias da Volks, que emprega 445 trabalhadores, e da Metalsinc, empresa com 25 companheiros instalada há oito meses em Mauá.
“Para ser ferramenteiro tem que ter alguma arte e algum gosto por isso. A formação leva de cinco a seis anos e os técnicos são extremamente qualificados”, explicou o gerente executivo da Ferramentaria na Volks, Jorge Frade (foto).
Em outubro de 2013, a montadora inaugurou o laboratório de aprendizagem no setor. O investimento em formação e qualificação de ferramenteiros foi de R$ 70,5 milhões em acordo negociado com o Sindicato e aprovado pelos trabalhadores. “O mercado está sempre se modificando. Se deixar de inovar, morre”, defendeu Frade.
A Metalsinc se prepara para atender todas as etapas da ferramentaria. “Para ser competitivo no mercado, é preciso investir não só em máquinas e equipamentos. São os trabalhadores qualificados em um setor primordial para a indústria e a inovação brasileira”, disse o proprietário Paulo Braga.
Sem os incentivos do Inovar-Auto e com a concorrência dos importados, a tendência era que a área da ferramentaria acabasse. Em 2009, foi criado o Arranjo Produtivo Local, o APL, de Ferramentaria do ABC, que é apoiado pelo Sindicato em discussões entre trabalhadores, empresários e governo.
O secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, que coordena o APL, Giovanni Rocco, destacou que o setor impulsiona a indústria nacional. “É preciso debater e enfrentar os desafios para garantir os investimentos e os novos lançamentos programados no