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O Brasil ocupa hoje o posto de líder mundial em reciclagem de latas de alumínio. Não que o País, de uma hora para outra, tenha adquirido consciência ecológica e por isso tenha começado a se preocupar com a reciclagem das latinhas. É que, como o alumínio é um produto de alto valor no mercado, as latinhas têm dado muito lucro às empresas, além de gerar também emprego e renda para famílias carentes.

Atualmente, o mesmo vem ocorrendo com a água. O fenômeno da valorização do mercado da água nasce das mesmas raízes que geraram a explosão do preço do petróleo nos últimos anos – a ameaça de escassez. A água virou foco de grandes empresas não por preocupação ecológica, visto que há décadas especialistas alertam em vão a população do planeta para o perigo do aquecimento global e da falta de água. É que agora a escassez de água é uma questão de muito dinheiro, o que gera muitos lucros.

Nos últimos anos, várias empresas não ligadas ao mercado de água vêm fazendo uma enxurrada de investimentos no setor. A General Electric, por exemplo,  mais conhecida por fabricar turbinas de aviões e locomotivas, já usou 4 bilhões de dólares para encampar companhias de purificação de água. Até 2010, a GE espera que toda essa nova operação renda um faturamento anual de cerca de 5 bilhões de dólares.

Atualmente, os negócios relacionados a equipamentos e serviços nessa área já movimentam muito dinheiro. Segundo estimativas do mercado, a perspectiva é que esse valor chegue a 500 bilhões de dólares nos próximos dez anos. Levando-se em consideração que a água é indispensável à vida de todas as espécies e talvez  seja o recurso mais precioso que a terra fornece à humanidade, investir recursos neste mercado pode ser realmente promissor. Seria como encontrar a verdadeira “galinha dos ovos de ouro”.

Subseções Dieese do Sindicato e da CUT Nacional