Segmento de caminhões pesados desacelera e segundo semestre preocupa

Produção em cinco meses cresceu 5,6% devido a modelos destinados à distribuição urbana

Os fabricantes estão preocupados com os negócios com caminhões pesados. Responsável por mais da metade dos licenciamentos nos últimos anos, o segmento encolheu 14% nos primeiros cinco meses do ano e, apesar dos números positivos do agronegócio — destino da maioria das vendas —, convive com cenário de incertezas no segundo semestre, período normalmente responsável pela maior parte das vendas.

Diante desse quadro, as montadoras, algumas quase que integralmente dependentes dos caminhões pesados, têm desacelerado as linhas de montagem. Em maio, foram fabricados somente 6 mil unidades para o segmento, 10,6% a menos do que em igual mês do ano passado, informou na quinta-feira, 5, a Anfavea.

Esse é rigorosamente o mesmo índice da queda registrada de janeiro a maio e que limitou a produção a 28,3 mil unidades. Ainda assim, os pesados representaram mais da metade do total de 55,1 mil caminhões produzidos no período, número 5,6% superior ao resultado de iguais meses do ano passado.

O saldo ainda positivo da produção no ano, contudo, deveu-se à montagem de produtos leves, médios e semipesados, que cresceu, respectivamente 6,7%, 187% e 32,5% e respondeu por 26,4 mil unidades fabricadas na soma das três categorias — 16,2 mil somente de semipesados, a segunda maior.

Do AutoIndústria