Seis milhões de jovens estão desempregados na Europa

Fechamento dos postos de trabalho é uma das principais consequências da crise econômica que começou em 2008


Fechamento dos postos de trabalho é uma das principais consequências da crise econômica que começou em 2008. Foto: Reprodução

Documento divulgado pela Organização Internacional do Trabalho, a OIT, denuncia que o aumento do desemprego entre os jovens na Europa é uma das principais consequências da crise econômica que começou em 2009.

Somente no ano passado, 264 mil jovens perderam o emprego no continente, aponta a organização.

Em janeiro de 2013, nos 17 países que compõem a zona do Euro o número de desempregados com idade entre 15 e 24 anos chegou a 5,732 milhões.

Apenas na Grécia, Espanha, Portugal e Itália, mais da metade dos desempregados estão nesta faixa etária.

Exclusão
Na Espanha, por exemplo, o índice de jovens desempregados é de 55,5%, o maior índice em toda a Europa. Na Itália é de 38,7% e em Portugal esse número é de 38,6%.

“Em momentos de crise o jovem é sempre o mais penalizado, pois é mais barato demiti-lo”, afirmou Wellington Messias, coordenador da Comissão de Juventude do Sindicato.

Para o dirigente, há uma falsa percepção de que o jovem trabalhador sofre menos as consequências da demissão.

A OIT, no entanto, avalia que a exclusão do jovem do mundo do trabalho compromete toda a vida profissional e se torna um dos principais motivos para a exclusão social e o aumento da pobreza.

OIT diz que situação vai piorar
A situação do emprego na Europa deverá se agravar ainda mais, segundo a OIT, na medida em que os países do continente privilegiam a recessão para combater a crise em vez de fazer como o Brasil, que investiu no crescimento econômico e na geração de empregos.

Wellington Messias, da Comissão da Juventude, esclarece que sem emprego para garantir o acesso à renda, o jovem muitas vezes encontra na atividade informal a única alternativa para se sustentar e, dessa forma, deixa de contribuir com a atividade econômica do País.

Lula
O próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o caminho seguido pela Europa, ao afirmar, durante seminário em São Paulo, que a solução para a crise econômica no continente é gerar mais emprego e renda, ao invés de incentivar a recessão. 

Lula defendeu também a participação da sociedade nas decisões para resolver a crise e cobrou a participação de jovens, sindicatos dos trabalhadores e empresários nas tomadas de decisões.

Da Redação