Seis países da Europa entram em recessão
A economia da União Europeia encolheu no quarto trimestre de 2011 pela primeira vez em mais de dois anos e colocou seis de seus 17 países em recessão. Em outras cinco nações os resultados foram medíocres no período.
A queda de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do continente nos três meses finais de 2011 demonstra o fracasso dos governos locais em combater os efeitos da crise econômica mundial.
Em vez de agir como o Brasil e adotar medidas que mantivessem a produção em alta, os políticos europeus decidiram salvar o sistema financeiro falido, a quem devem inúmeros favores.
Essa opção sempre joga a conta nas costas dos trabalhadores e os países da Europa jogaram fora sua tradição de proteção social e tornaram comuns as reduções e congelamentos de salários e aposentadorias, privatizações selvagens, demissões de funcionários públicos, cortes em investimentos sociais etc.
Este arrocho fatalmente derrubaria a produção e economia. Foi o que ocorreu. Apenas no último trimestre de 2011, o PIB da Grécia caiu 7% (leia mais nesta página), seguida por Portugal (- 1,3%), Holanda (- 0,7%), Itália (- 0,7%) e República Tcheca (- 0,3%).
As economias da Finlândia e Chipre ficaram estagnadas e só as pequenas Eslováquia (0,9%) e Chipre (0,8%). Também foram mal a Áustria (- 0,1%) e as poderosas França (0,2%) e Alemanha (- 0,2%). Esta e a Áustria não estão em recessão só porque foi o primeiro resultado negativo delas.
Grécia se transforma em colônia por empréstimo
Em troca de um empréstimo de R$ 293 bilhões, o governo da Grécia abriu mão de parte da sua soberania econômica.
A partir de agora, inspetores do Fundo Monetário Internacional (FMI) terão uma cadeira no departamento de contas a pagar e a receber do governo grego, dizendo o que pode e o que não pode.
Haverá ainda uma conta para canalizar o dinheiro para os credores. O que o governo arrecadar será primeiro entregue aos credores. Só o que sobrar ficará com os gregos.
O “plano de socorro” deixará a Grécia sem moeda (ela aderiu ao euro, emitido apenas pelo Banco Central Europeu), sem autonomia orçamentária (não poderá gastar onde quiser) e sem crédito (o plano impede novos empréstimos).
Da Redação