Sem acordo, mais de 10 mil trabalhadores podem entrar em greve

Se as bancadas patronais da Estamparia, Fundição e G10, não apresentarem reajuste de, 5% e renovação das cláusulas sociais, a produção vai parar na próxima semana

 

Fotos: Adonis Guerra

A partir da próxima segunda-feira, quase 11 mil metalúrgicos da base do Sindicato podem entrar em greve para pressionar os patrões que ainda não fecharam acordo de reajuste salarial e Convenção Coletiva de Trabalho com a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, FEM-CUT. Estão sem acordo Estamparia, Fundição e Grupo 10. 

A disposição de luta foi aprovada na última quartafeira, 17, em assembleia na Regional Diadema. “Segunda-feira é greve em todos esses grupos, até conquistar os 5% de reajuste e as cláusulas sociais. Vamos conquistar o direito igual para todos, aqui não tem trabalhador diferente porque é de uma fábrica ou de outra, a luta é de todos nós”, declarou o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, durante a atividade.

O coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, reforçou que os patrões podem procurar os representantes da Federação até domingo. “Se não tiver acordo, a mobilização será intensificada. Orientamos que os diretores das empresas procurem seus grupos patronais se quiserem evitar a greve”. 

“Os grupos que tiveram avanços, conseguiram porque estavam mobilizados para fazer a luta e não pode ser diferente nos demais que ainda não chegaram a um entendimento. É preciso uma tomada de consciência e união desses trabalhadores para pressionar os patrões, pois só assim o conjunto da classe trabalhadora será beneficiado”, alertou o coordenador da Regional Diadema, Claudionor Vieira do Nascimento.

“Os companheiros já contemplados estão empenhados em ajudar na luta daqueles que ainda estão sem acordo”, declarou o coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos.

O dirigente reforçou a importância da mobilização dos companheiros para a conquista do aumento real e da Convenção Coletiva de Trabalho nos grupos 2, 3 e 8 foi. “Principalmente com relação ao G3 que estava há quatro anos sem fechar acordo e nós só conseguimos isso por conta de toda a mobilização dos companheiros, ainda mais nessa conjuntura que aponta contra os trabalhadores. Agora, independe do que aconteça, nosso acordo está garantido por dois anos”, completou.

O Grupo 10 é composto pelos seguintes sindicatos patronais: Fiesp, Sindilux, Sifumesp, Sinaemo, Sinarme, Sinde, Sindirepa, Sindimec e Sindisuper.

Da redação