Sem acordo salarial, Metalúrgicos do ABC decretam greve por tempo indeterminado nas autopeças
Os metalúrgicos do ABC acabam de decretar greve por tempo indeterminado nas autopeças. São 22 mil trabalhadores que cruzam os braços já a partir da noite desta sexta-feira até que as empresas ofereçam o reajuste salarial reivindicado – 11,01% – mais abono, índice igual ao conquistado pelos trabalhadores das montadoras. Em todo o Estado de São Paulo, as autopeças têm 50 mil trabalhadores.
A categoria decidiu que a greve já começa a partir dos turnos da noite. A assembléia também aprovou que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aceitará negociar em separado com as empresas que procurarem a entidade com a proposta de 3,6% de aumento real (mais os 7,15% do INPC) e abono.
Segundo o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, foi reivindicado o mesmo índice das montadoras mais abono porque as autopeças estão trabalhando no mesmo nível elevado de capacidade das empresas automobilísticas (recordes de produção e vendas). Os acordos com o Grupo 2 e Fundição foram aprovados na Assembléia.
Ontem (12), trabalhadores da Federal Mogul, de Diadema, e da Karmann Ghia, e Mahle Metal Leve, de São Bernardo, já haviam realizado paralisações de advertência que duraram de duas a seis horas.
O Grupo de Autopeças (3) é composto por trabalhadores em fábricas de autopeças, forjaria e parafusos. O Grupo 2: máquinas e eletroeletrônicos; Grupo 8: telecomunicações, tratamento de ar, condutores elétricos, equipamentos ferroviários e rodoferroviários, artefatos de metais não ferrosos, balanças, esquadrias metálicas. Ainda há o grupo de trabalhadores em Fundição