Sem data-base, sem cláusula
Os negociadores do Sindipeças vieram armados. Além de dizerem não à antecipação da data-base, novamente afirmaram que não fazem acordo com a cláusula de garantia de emprego ao portador de doença profissional ou de sequela por acidente.
Segundo o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) Adi Santos Lima, a negociação de ontem começou com os patrões afirmando que não têm conversa com a CUT sobre a antecipação da data-base. Alegaram que muitas empresas nem sabiam desta reivindicação. “É brincadeira, há pelo menos três anos que falamos disso”, lembrou Adi.
Foi quando ele sugeriu que esse ponto fosse negociado na bancada conjunta com a Força Sindical e partissem para negociar outros pontos da pauta. Foi outro chute no balde.
Os patrões querem eliminar a cláusula do acidentado ou portador de sequela antes de entrar na pauta de reivindicação. “A gente já esperava essa dureza”, comentou Adi, salientando que o momento não é de recuo, mas de avanço e que, se for preciso, a cláusula será mantida com luta. Semana que vem tem nova rodada de negociação.
>>Fundição
Já o grupo de Fundição topa a renovação das cláusulas sociais do atual acordo. A FEM, entretanto, quer incluir novos pontos, muitos dos quais debatidos no 4º Congresso dos Metalúrgicos, como a subvenção de estudo aos jovens, emprego ao portador de deficiência conforme a legislação, entre outros.
Os sindicatos da FEM devem investir na mobilização e realizar boas assembléias na próxima semana para demonstrar a disposição de luta.
A assembléia dos metalúrgicos do ABC é na próxima sexta-feira, às 18h, na Sede do Sindicato em São Bernardo do Campo.
>> Vendas de veículos batem recorde em setembro
A FEM faz hoje a primeira rodada de negociações com a Anfavea. Confirmando as perspectivas de executivos na edição de ontem da Tribuna, as vendas de veículos já começaram a crescer. Em setembro bateram o recorde do ano, com 118,3 mil unidades. O resultado é 25,6% superior ao de agosto.
Em todo ano, as vendas somaram 929.230 unidades, com queda de 9,5% com relação ao mesmo período de 2002.