Sem movimentos sociais não haveria políticas afirmativas


Para Luciana, indicadores ajudam no combate à desigualdade

A aplicação de políticas afirmativas passa por um longo processo no qual os movimentos sociais desempenham um papel fundamental na identificação e na denúncia de problemas que devem ser combatidos. Essa foi uma das conclusões do debate do Roda de Conversa, realizado na última sexta-feira, na Sede do Sindicato.

Políticas afirmativas são medidas especiais tomadas pelo Estado com o objetivo de eliminar desigualdades históricas, como as raciais, e compensar as perdas provocadas por elas.
Para a debatedora Luciana Chagas, da secretaria da Juventude da CUT São Paulo, a realização de levantamentos que apontem os números reais dos problemas são igualmente importantes. “Só com eles identificamos as diferenças e, a partir daí, podemos pensar no que fazer para diminuí-las”, disse.

Dificuldades
Segundo ela, estes indicadores auxiliam as lutas dos movimentos sociais pelo fim das desigualdades. “Isto evita o risco dos militantes conhecerem os problemas só quando forem atingidos por eles ou quando a dificuldade chegar a uma pessoa próxima”, afirmou a secretária da CUT.

A Roda de Conversa é uma atividade mensal organizada pela Comissão de Igualdade Racial dos Metalúrgicos do ABC para debater assuntos relacionados à afro descendência.