Sem-terra lembram 12 anos do massacre em Eldorado dos Carajás

Trabalhadores sem-terra de várias entidades realizaram manifestações em todo o País, ontem, para pedir agilidade na reforma agrária e relembrar os mortos em Eldorado de Carajás.

Para marcar os doze
anos do massacre de Eldorado
dos Carajás, o Movimento
dos Sem-Terra (MST) fez
ontem diversas manifestações
pelo Brasil para pedir
o assentamento de 150 mil
famílias acampadas e investimentos
públicos na produção
agrícola e em habitação
para os já assentados.

Os manifestantes reclamam
agilidade na reforma
agrária, mais apoio aos
assentamentos, combate à
violência contra os sem-terra
e fim da impunidade aos latifundiários
criminosos. Já a
Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura
lançou ontem campanha
pela limitação no tamanho
das fazendas no Brasil.

Ontem, as famílias das
vítimas e os sobreviventes
do massacre de Eldorado
receberam da governadora
Ana Júlia Carepa (PT),
simbolicamente, as indenizações
determinadas pela
Justiça. O governo também
terá de pagar pensão vitalícia
e garantir atendimento
médico às famílias. O total
da indenização, por danos
morais e materiais, é de R$
1,2 milhão.