Seminário do Sindicato vai repensar indústria
Um dos debates importantes será sobre a produção de peças de alta tecnologia no País
Um dos principais desafios do seminário Brasil do diálogo, da produção e do emprego, que o Sindicato promove na próxima quinta-feira, é a produção de peças com alto valor agregado no País.
Hoje, aqui são fabricadas principalmente peças com baixa tecnologia, que tem um baixo retorno financeiro.
Estudo da subseção Dieese do Sindicato, no entanto, mostra que as montadoras importaram, apenas no ano passado, 202 itens no valor de R$ 19,4 bilhões.
Foram sistemas eletrônicos de várias partes do veículo, sistemas de transmissão mecânica e automática, eixos e peças de motor e outras peças de alto valor em tecnologia que não são produzidas no Brasil.
“Os componentes mais importantes e valiosos dos automóveis vêm de fora e à medida que os veículos se modernizarem irão absorver mais e mais as novas tecnologias, fazendo aumentar as importações de peças”, prevê Sérgio Nobre, presidente do Sindicato. “Hoje, elas já alcançam 20% do preço total de um carro”, prossegue.
“Para mudar esse quadro, o Brasil deve criar um processo de nacionalização de componentes que inclua transferência de tecnologia, desenvolvimento, formação e qualificação de trabalhadores para que as peças comecem a ser fabricadas aqui”, conclui Sérgio Nobre.
Saiba como participar: http://bit.ly/k20DDM
Da Redação