Seminário internacional discute avanço do conservadorismo no mundo

 

João Pedro Stédile – Foto: Adonis Guerra

O Seminário Internacional “Por um sindicalismo internacionalista em defesa da autodeterminação dos povos”, realizado durante o dia de ontem, reuniu metalúrgicos de todo país e convidados de entidades internacionais de todos os continentes. O 10º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, começou no início da noite, em Guarulhos (SP).

João Pedro Stédile coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), tratou do avanço do conservadorismo no mundo e os impactos para a classe trabalhadora. Ele fez um resgate histórico e uma análise.

“Hoje no continente estamos enfrentando a luta de classes em algumas trincheiras muito simbólicas. A nossa vitória ou derrota nessas trincheiras pode determinar uma tendência a médio prazo do que vai acontecer em todo o continente”.

Stédile também destacou a prisão política de Lula:  “O Lula não está preso, está sequestrado e o resgate que eles nos pedem é ‘não lutem’”.

O militante pela Frente em Defesa do Estado Palestino Mohamad El Kadri, de origem libanesa, contou brevemente sobre a realidade do trabalhador palestino que vive em um país sob ocupação. “Os trabalhadores que vão às ruas têm seus filhos e irmãos sequestrados. Existem mais de 700 crianças presas na Palestina por conta de trabalhadores que protestam por seus direitos. Excluíram nosso direito à água, à educação e ao trabalho. Sejam resistentes por mais difícil que possa ser”, reforçou.

O vice-presidente do United Steelworkers (USW), Fred Redmond, denunciou os crimes de ódio contra jovens, negros, mulheres e mulçumanos nos Estados Unidos. “Em 2020, a missão do movimento sindical na América do Norte é deter o avanço das ideias de Trump. Vamos combater o modelo que tem políticas perigosas de supremacia de uma raça branca e pura. A luta para que este avanço do conservadorismo não cresça no mundo deve ser de todos os trabalhadores”, concluiu.

“Este Seminário e Congresso tem o papel estratégico de luta contra uma agenda neoliberal e de retrocessos. A classe trabalhadora unida nunca será vencida”, avaliou o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Michael Vasconcelos.

Da redação