Senado ignora trabalhadores e aprova urgência da reforma Trabalhista
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Os senadores aprovaram ontem o requerimento de urgência da reforma Trabalhista por 46 votos a favor e 19 contra. A discussão da proposta em plenário será iniciada hoje. A previsão é que a reforma Trabalhista seja votada na próxima terça-feira, dia 11.
“Não podemos permitir que essa medida passe. Se for aprovada, ela rasga a CLT, enfraquece os trabalhadores, precariza as condições de trabalho, rebaixa salários e retira direitos conquistados”, alertou o presidente eleito do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
“Os trabalhadores devem estar atentos e mobilizados para evitar o desmonte da legislação que protege a classe trabalhadora”, chamou.
A votação em plenário será em um turno por maioria simples, que é a metade dos senadores presentes mais um. Se o texto for alterado, retorna para a Câmara. Se for rejeitado, é arquivado. Se aprovado, segue para sanção presidencial.
Três comissões do Senado analisaram a reforma Trabalhista, sendo que os relatórios foram aprovados na Comissão de Assuntos Econômicos, CAE, e na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, CCJ. A Comissão de Assuntos Sociais, CAS, votou contra a reforma Trabalhista.
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, a CDH, aprovou ontem pedido para suspender a tramitação do projeto. A CDH encaminhará o pedido ao plenário. Ao propor o pedido, a senadora Gleisi Hoffmann, do PT-PR, argumentou que é preciso aguardar a decisão da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal sobre a denúncia de crime de corrupção passiva contra Temer.
Da Redação.