Senadores apontam crimes em falas negacionistas de empresário
O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury usou seu depoimento ontem na CPI da Covid, para defender o negacionismo, propagar mentiras sobre vacinas e as medidas não-farmacológicas, como o uso de máscara. Os senadores classificaram as falas como criminosas.
Sob o argumento de que se tratava de “sua opinião”, o depoente criticou a eficácia das vacinas, desdenhou da segurança do uso de máscaras e exaltou medicamentos com ineficácia comprovada para o tratamento da Covid-19.
O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o posicionamento de Fakhoury era criminoso. “Quando a liberdade de opinião atinge a saúde pública, não é mais opinião. É crime”.
Instituto Força Brasil
Otávio Fakhoury é vice-presidente da organização de extrema direita IFB (Instituto Força Brasil). O coronel Helcio Bruno de Almeida, presidente da entidade, foi um dos responsáveis pela negociação de vacinas com a empresa Davati que nunca existiram.
O Instituto tem suas redes sociais cheias de fotos e documentos que mostram sua proximidade com o governo federal e Bolsonaro, além de ativismo negacionista e a campanha “criminosa” contra medidas de combate à pandemia.
Publicações homofóbicas
No início da sessão, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) assumiu a presidência da comissão para responder a uma ofensa homofóbica publicada em postagem de rede social pelo depoente.
“O senhor não sabe como é difícil me expor, expor minha família e meus filhos neste momento difícil. Mas é necessário isso para que outros não sofram o que estou sofrendo, porque se o senhor faz isso comigo, como senador da República, imagina no Brasil, país que mais mata a população LGBTQIA+”, apontou o senador.
Com informações da Rede Brasil Atual