Sérgio Nobre discutirá isenção na PLR com Ministério da Fazenda

O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, pedirá audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para apresentar proposta do Sindicato de acabar com a cobrança do Imposto de Renda sobre a PLR.

“Empresários e trabalhadores têm hoje tratamento diferente”, afirma o dirigente. “Os patrões fazem suas retiradas sobre os lucros e não são tributados, enquanto nós pagamos Imposto de Renda sobre a PLR que recebemos”, prossegue. “Nossa reivindicação é ter o mesmo tratamento”, explica.

“Os impostos são importantes, pois com eles o governo realiza obras públicas e projetos sociais. Mas, queremos mudanças para aliviar a carga tributária dos companheiros, que é desigual”, afirma Sérgio Nobre.

Equiparação – O Sindicato quer aprimorar o pagamento da PLR para que a conquista reverta inteiramente para os trabalhadores e para a sociedade através do aumento do consumo.
Do jeito que está, o pessoal acaba sendo prejudicado.

“Um trabalhador sem dependentes que recebe PLR de R$ 4.000,00, vai pagar R$ 407,22 de Imposto de Renda. Já um investidor que tiver R$ 4.000,00 de dividendos (lucros) na Bolsa de Valores não paga Imposto de Renda. É uma injustiça”, frisa o presidente do Sindicato.

Ele lembra que a Constituição de 1988 define a PLR como um instrumento de equiparação com o acionista, que retira o lucro da empresa.

“No processo de regulamentação da PLR, o governo FHC alterou o texto original e anulou essa tese. Passou a taxar a PLR com o Imposto de Renda e penalizou os trabalhadores. Agora, queremos recuperar o entendimento original do texto constitucional”, conclui Sérgio Nobre.