Serra motivou o confronto

          

A motivação do confronto entre as polícias civil e militar na quinta-feira passada está no descaso do governo Serra, que há um mês ignora a greve dos policiais civis.
Serra se nega a negociar com a categoria e ainda deixou claro que não pretende reconhecer o erro. O governador foi além, fugiu da responsabilidade pelo confronto e decidiu culpar o Partido dos Trabalhadores, a CUT e os sindicatos de estarem por trás do conflito.
Para o presidente do partido em São Paulo, José Américo, o governador tenta de forma oportunista jogar nas costas do PT um problema que é dele.

Mais respeito
O presidente da CUT São Paulo, Edílson de Paula, explicou que a entidade defende o respeito ao direito constitucional de greve e ao diálogo, o que não acontece na administração tucana e atinge ainda trabalhadores de outros setores como a saúde e a educação, tratados como criminosos pelo governo do PSDB. “Chegou a hora de Serra e de seus aliados deixarem de fugir de suas responsabilidades e atribuírem um caráter eleitoreiro a todas as manifestações no Estado”, completou.
“O único responsável por este lamentável episódio é o governador. Ele permitiu que uma reivindicação da polícia civil, uma das mais mal pagas do País, desembocasse numa guerra. A prática de reprimir o movimento ao invés de negociar se tornou frequente”, disse o deputado Roberto Felício, líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa.

Autoritarismo está no DNA tucano
Com as atitudes anti democráticas, o governador mostra seguir à risca as idéias do PSDB. Há anos vivenciamos atitudes intransigentes dos tucanos.
O ex-presidente FHC, por exemplo, colocou o exército para ocupar a Refinaria de Capuava e não negociar com os petroleiros. A greve dos professores no governo Alckmin também foi embaixo de muita pancadaria.
No Rio Grande do Sul a situação é ainda pior, pois o PSDB quer incriminar os movimentos sociais e os trabalhadores. Tratar a luta das categorias como caso de polícia está no DNA do PSDB.