Serra usa logotipo do governo em kit escolar

Mochila, caderno, lápis, caneta e cola entregues ontem (19) aos alunos da rede pública de ensinho tinham o símbolo do govenro tucano estampado

 

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse hoje (19) que não vai usar a máquina pública para promover sua gestão ou seu partido. Provável candidato tucano à Presidência nas eleições deste ano, Serra disse que, sempre que possível, continuará a “esconder” o logotipo do governo do Estado em materiais de divulgação de ações administrativas, seguindo o “estilo tucano”.

 

 “Tucano é nota 100 em esconder a autoria das coisas. Nem todo mundo na política do Brasil é nota 100 nessa matéria, pelo contrário”, afirmou em evento da Secretaria de Estado da Educação, na capital, para depois recusar-se a detalhar a quem se referia.

  A promessa foi feita durante cerimônia para a apresentação de kits escolares e de materiais esportivos e de construção que começam a ser entregues a escolas estaduais para preparar os prédios para o início do ano letivo. “O material é de muito boa qualidade, no estilo tucano: esconde o nome do governo”, disse em discurso a cerca de 300 professores, na Escola Estadual Raul Fonseca, na Saúde, zona sul da cidade.

 

 Apesar do discurso do governador, os únicos itens do kit escolar que não traziam o logotipo do governo de São Paulo eram a borracha e o apontador. Mochila, caderno, lápis, caneta e cola tinham o símbolo estampado.

 

Mesmo assim, Serra disse acreditar que os políticos do PSDB são “recatados” em matéria de propaganda. “Tucano é avesso a fazer publicidade quando está no governo. Não se pode dizer que a gente usa a máquina governamental para promover sequer o governo, que dirá o partido”, afirmou. “Os tucanos são imbatíveis nessa matéria. Está no DNA. É uma virtude.”

  

Questionado sobre a importância de esconder a autoria das ações governamentais, Serra disse não querer influenciar o voto dos eleitores. “Você faz, mas as pessoas ficam sem saber, portanto você não está induzindo o voto de ninguém.”

 

Da Agência Estado