Serviços e indústria têm o melhor desempenho na geração de empregos
O setor de serviços contratou 85.568 novos postos de trabalho, sendo que serviços de comércio e de administração de imóveis foram os que tiveram o maior número de empregos gerados, 25.732 novos postos de trabalho
Os setores de serviços e da indústria de transformação foram os que apresentaram o maior número de contratações no mês de agosto, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Ministério do Trabalho. No total, foram gerados 242.126 novos empregos no mês.
O saldo de criação de empregos está em 680 mil vagas neste ano. No auge da crise financeira internacional, o Brasil perdeu 797,5 postos de trabalho com carteira entre os meses de novembro de 2008 e janeiro de 2009. Essa redução foi quase totalmente compensada de fevereiro a agosto deste ano, quando foram criadas 781,8 mil vagas.
O setor de serviços contratou 85.568 novos postos de trabalho, sendo que serviços de comércio e de administração de imóveis foram os que tiveram o maior número de empregos gerados, 25.732 novos postos de trabalho; seguido dos serviços de alojamento e alimentação, 21.885. O setor de ensino apresentou o terceiro melhor desempenho com 19.156 novos empregos criados.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que o setor de serviços está entre os que mais vão crescer ao longo do ano. “Mais fortemente a construção civil, os serviços, o comércio atacadista e varejista, além da industria, que está se recuperando”, disse.
Na indústria, o maior número de empregos foi gerado pelo setor de produtos alimentícios, 22.614; seguido da indústria têxtil, 9.238; e do setor de calçados, 8.974. A indústria metalúrgica teve o primeiro resultado positivo do ano, com a geração de 5.982 empregos.
Para Lupi, os empresários do setor se precipitaram ao promover tantas demissões, em dezembro, no auge da crise financeira internacional. Ele acredita que a indústria terá saldos positivos fortes nos próximos meses.
“Estamos vivendo e vamos viver, nesse segundo semestre, um crescimento muito forte por causa da queima dos estoques das grandes indústrias brasileiras, uma recuperação muito grande na indústria de transformação. Pela primeira vez, a indústria metalúrgica teve saldo positivo de contratação”, observou.
Perguntado sobre o fim, a partir do próximo mês, da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos, o ministro disse que, antes de tomar qualquer medida é preciso analisar o comportamento do mercado. “Temos que analisar todo o comportamento e se a gente verificar que esse comportamento pode fazer uma retração, deveremos tomar alguma medida”, explicou.
Além do IPI para veículos, há também isenção do imposto para produtos da linha branca, como eletrodomésticos e para produtos da construção civil.
Da Agência Brasil