Servidores da Neomater pedem rescisão indireta

Após "sumiço" da diretoria, trabalhadores entram na justiça pata receber salários, vale-transporte, cesta básica e convênio médico atrasados

Após 21 dias do fechamento total do Hospital Puer – antiga maternidade Neomater – trabalhadores do local ainda não conseguiram colocar fim ao calvário trabalhista. Sem receber salários, vale-transporte, cesta básica e convênio médico enquanto prestavam serviço, agora servidores têm de buscar na Justiça o cancelamento do contrato de trabalho.

Após a decisão da Justiça de fechar as portas do estabelecimento, a diretoria do hospital não foi mais encontrada, o que fez com que os trabalhadores tivessem de pedir rescisão indireta do acordo trabalhista. “É absurdo. Depois de tudo o que passamos ainda temos de pagar advogado para conseguir dar baixa em carteira”, reclama uma servidora do hospital, que prefere não se identificar.

No dia 12, o Sindsaúde (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde) e funcionários do hospital se reuniram para discutir o assunto. Ao todo, 320 pessoas trabalhavam no local. Mas a situação pode demorar para se resolver, uma vez que após a desistência dos advogados de defesa do hospital, o estabelecimento ainda não nomeou outros profissionais para assumirem o caso.

A expectativa do sindicato é que a situação se resolva ainda em setembro, quando é esperada a decisão que confirme a necessidade de leilão judicial para cumprir pagamentos de débitos deixados pela antiga administração. As dívidas trabalhistas são as primeiras a serem executadas, o que torna fundamental a entrada de ação dos trabalhadores pela rescisão indireta o mais rápido possível. “Quem perder o prazo, vai ficar atrás na fila e pode não receber nada”, avisa o advogado do sindicato, Márcio Ferezin.

Do ABCD Maior