Servidores de São Bernardo param na terça-feira
Eles farão uma greve de advertência por 24 horas na próxima terça-feira, para forçar o prefeito a abrir negociações salariais.
Assembléia com cerca de três mil servidores municipais decidiu realizar greve de 24 horas na próxima terça-feira para forçar o prefeito Dib a abrir negociações em torno das reivindicações da campanha salarial.
“Foi uma manifestação histórica contra esse longo período que o servidor atravessa de retaliação, perseguição e assédio moral e político no ambiente de trabalho”, disse Vânia Souza, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais.
Para ela, a manifestação da última quarta-feira mostra que o servidor percebeu que pode exigir direitos, que são eliminados ano a ano pelos sucessivos prefeitos.
Congelado – Ela lembrou também que já faz 12 anos que o serviço público é sucateado, com terceirização e privatização.
“Uma de nossas bandeiras de luta é o resgate do serviço público de qualidade” disse Vânia.
Pela pauta, os servidores querem um plano de recomposição do salário, que já têm perdas de até 80%, além do fim da terceirização e privatização, plano de carreira e revogação da lei do convênio.
Saia justa – Depois da assembléia, os servidores saíram em caminhada até o Centro de Formação dos Professores, na Via Anchieta, onde o prefeito participaria de um ato com o secretário estadual de Turismo.
A tropa de choque da PM cercou o Centro de Formação e impediu a entrada dos manifestantes, que realizaram ato contra a postura autoritária do prefeito.
Ao saber que havia manifestação de servidores no local, o governador Alckmin cancelou sua participação no evento turístico. Logo em seguida, o prefeito desmarcou a atividade.
Os manifestantes só saíram do local por volta das 21h, depois de cantarem o Hino Nacional.
A luta dos servidores públicos de São Bernardo conta com o apoio da CUT-ABC e dos sindicatos cutistas da região.