Servidores públicos gregos fazem greve e paralisam serviços pelo país
País continua a protestar contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo
Os funcionários públicos gregos pararam de trabalhar por 24 horas nesta quinta-feira, para protestar contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo do país. Foram paralisados os serviços estatais, escolas ficaram fechadas e quase 100 voos não decolaram.
A central sindical dos funcionários do setor público, ADEDY, com 400 mil membros, convocou a ação, a mais recente de uma série de paralisações que ocorre no país mediterrâneo, com sérios problemas de dívidas. O protesto dos trabalhadores é contra o corte de salários e o aumento nos impostos, que atingiram duramente muitos de seus filiados.
“Nós enviamos a mensagem de que iremos continuar nossa ação contra a austeridade crescente, o alto desemprego, as elevações nos impostos indiretos e as crescentes contas de órgãos e organizações controlados pelo Estado”, afirmou a central em comunicado. A ADEDY ameaçou convocar novas greves.
O governo socialista cortou os salários do setor público em até 30% em algumas instâncias, além de impor um congelamento nos pagamentos como parte das condições para receber um pacote de 110 bilhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia. O pacote foi dado para salvar o país da bancarrota.
O dia de greve fechou os escritórios de coleta de impostos, escritórios da alfândega, prefeituras por todo o país e muitos departamentos ministeriais.
Os controladores de tráfego aéreo participaram do protesto, com uma paralisação de 4 horas. Com isso, foi criado um caos entre os viajantes.
O Aeroporto Internacional de Atenas informou que 72 voos haviam sido cancelados e outro 152 foram remarcados. Inicialmente, estavam previstos para esta quinta-feira 590 voos nesse aeroporto.
Os professores de ensino primário e médio aderiram ao movimento, fechando classes e criando dificuldades para os pais que trabalham. As universidades também estavam fechadas, com professores e funcionários de braços cruzados. Os médicos também pararam e os hospitais funcionam em esquema emergencial, lidando só casos graves.
A ADEDY afirmou que a greve teve “uma taxa de participação de 67% de os protestos estavam dinâmicos”. Apesar da alta participação, a central fez passeatas relativamente modestas no centro de Atenas e em Tessalonica, segunda maior cidade do país.
Um policial estimou que 2.500 pessoas estavam na Praça Klafthmonon, em Atenas, sem registro de violência. A intenção dos manifestantes era entregar um documento de protesto ao presidente do Parlamento. Uma manifestação separada, da central sindical comunista PAME, reuniu 1.500 pessoas. As informações são da Dow Jones.
Da Agência Estado