Servidores públicos param em todo o Brasil contra a PEC 32

Hoje, 18, é Dia Nacional de Luta: Servidores públicos de todo o país fazem paralisações contra a reforma Administrativa que representa a destruição dos serviços públicos e um ataque aos direitos.

Hoje os servidores públicos federais, estaduais e municipais de todos o país fazem paralisações contra a reforma Administrativa, apresentada pelo governo Bolsonaro, que representa a destruição dos serviços públicos e um ataque aos direitos. Se aprovada a PEC 32 (Proposta de Emenda Constitucional), acaba a estabilidade dos servidores, colocando em risco o compromisso com o serviço público.

A CUT e demais centrais sindicais convocam também as outras categorias a se mobilizarem e apoiarem o Dia Nacional de Luta e Paralisações contra a PEC 32, contra as privatizações e por geração de emprego. O dia também será de denúncia, protesto e luta contra a MP 1045 que acaba com direitos e precariza a vida do trabalhador.

 “A PEC 32 nada mais é do que criar as condições para contratação de forma precária no serviço público, sem concurso e com menos direitos”, ressaltou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

“O desemprego e o desalento são recordes e Bolsonaro continua atacando os direitos dos trabalhadores, como na reforma Administrativa e com a reforma Trabalhista contida na MP 1045 que recria a carteira verde amarela”, acrescentou o presidente.

Lutas em pauta

Na pauta estão ainda a luta contra o desemprego; contra as privatizações, que querem vender bancos e empresas públicas, como Correios e Petrobras, essenciais à indução do crescimento do país; pelo auxílio de R$ 600 reais; contra a fome e a carestia. O 18 de agosto é uma data de luta sindical, que apresenta a pauta da classe trabalhadora. O “Fora Bolsonaro”, movimento integrado pelas centrais, estará presente nas manifestações.

Pec 32: O que tenho a ver com isso?

Faltam servidores

Outra falácia que usam é a de que o Brasil tem muitos trabalhadores públicos. Você que utiliza o posto de saúde sabe que faltam profissionais para o atendimento, o mesmo acontece nas escolas públicas.

Legaliza perseguição e a “rachadinha”

A estabilidade do servidor público foi criada para dar as condições necessárias para o trabalhador desempenhar suas funções sem pressões políticas ou de grupos econômicos.

Muitos políticos desejam o fim da estabilidade para indicar amigos e ainda ficar com parte dos salários, prática conhecida como “rachadinha”. Com servidores podendo ser dispensados a qualquer momento, aumentam as chances de corrupção, pois o trabalhador teria medo de perder seu emprego ao fazer alguma denúncia.

Não acaba com privilégios

Estudo do IPEA mostra que a média salarial dos servidores federais, estaduais e municipais é de apenas R$ 2.727. Quem ganha acima de R$ 30 mil são juízes, promotores, desembargadores. Nesses cargos a reforma não irá mexer.

Penaliza os mais pobres

Piora os serviços públicos de propósito para que você concorde com a ideia da privatização. Se você acha que um serviço público é ruim por conta da falta de trabalhadores ou da estrutura, a luta deve ser para melhorar esse local e não acabar com ele.

Enfraquece a qualidade dos serviços

Congela salários e carreiras. Se isso ocorrer, o cargo passará a ser menos atrativo e afastará os bons trabalhadores, fazendo cair a qualidade dos serviços.

Reduz os concursos

Abre a porteira para nomeação de familiares e amigos de políticos ocuparem cargos públicos. Você que estudou por anos não terá mais chance.

Diga não à reforma administrativa! Pressione deputados e deputadas federais para que votem contra a PEC 32.

Acesse o site www.napressao.org.br

Atos no ABC e em SP

São Bernardo do Campo: 9h – Ato na Praça da Matriz – Centro

São Paulo: 15h – Concentração na Praça da República

Diadema: 10h – Ato na Praça da Matriz (Praça Pe. Agostinho Bertoli, s/nº – Centro)

Santo André: 9h – Caminhada com concentração em frente ao SindSaúde ABC (Av. Pereira Barreto, 1.900), com caminhada até o Paço Municipal de SBC. Também às 10h – Ato no Paço Municipal de Santo André