Sete países pedem ação urgente da União Europeia para proteger a indústria automotiva contra metas de emissão de poluentes de 2025
Uma coalizão de sete países da União Europeia, incluindo Itália, Polônia e Áustria, está pressionando o bloco a tomar medidas para preservar a competitividade da indústria automotiva em meio à necessidade de grandes investimentos em inovação para atender às rigorosas metas de emissões de CO2 que entram em vigor em 2025. A partir de 2025, o limite médio de emissões de CO2 para vendas de veículos novos será reduzido de 116 g/km para 94 g/km.
Montadoras que ultrapassarem esse limite enfrentarão multas de €95 por grama excedente por quilômetro, multiplicadas pelo número de veículos vendidos. Estima-se que o total de penalidades possa ultrapassar €15 bilhões. Os países alertam que tais multas podem prejudicar severamente a capacidade das montadoras de reinvestir em inovação e desenvolvimento, comprometendo a competitividade europeia no mercado global.
Além de evitar penalidades, a aliança formada por Bulgária, República Tcheca, Romênia e Eslováquia propõe uma política automotiva equilibrada que estimule a demanda por veículos elétricos (EVs) ao mesmo tempo em que apoia investimentos na indústria. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enfatizou que a indústria automotiva é o “orgulho europeu” e garantiu que o futuro dos carros continuará sendo construído na Europa.
Durante seu segundo mandato até 2029, von der Leyen prometeu liderar um diálogo estratégico contínuo com o setor automotivo para enfrentar esses desafios. O grupo ACEA, que representa as montadoras europeias, apoia a flexibilização das metas de 2025, destacando que a baixa demanda por EVs e os altos custos de produção complicam o cenário. Sigrid de Vries, diretora-geral da ACEA, defendeu que um sinal político de apoio dos ministros da UE seria um passo crucial para encontrar uma solução.
Do Notícias Automotivas