Setor automobilístico lidera expansão da indústria

As medidas de estímulo à compra de veículos novos começa a figurar nos dados de crédito do Banco Central (BC). Em agosto, com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, a demanda por financiamentos cresceu e o segmento foi o que apresentou a maior taxa de expansão mensal. A média diária de liberação de novos recursos, segundo os dados da autoridade monetária, avançou 8,2%. O crédito pessoal, que obteve o segundo melhor resultado, avançou 1%. A maior queda foi a do cheque especial, que encolheu 3,5%.

A expectativa de especialistas é que o segmento de veículos apresente números robustos em setembro e principalmente em outubro, quando está programado o fim do benefício fiscal para a aquisição de carros. Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, descartou qualquer risco de que essas operações criem uma bolha ou voltem a apresentar taxas de inadimplência elevadas. Ele lembrou que depois de um 2011 com números ruins, a autoridade monetária tomou medidas como obrigar as instituições a exigir entradas maiores nesses financiamentos, o que controlou o calote no setor.

Pelos dados do BC, a inadimplência em veículos começa a ceder. Em agosto, caiu 0,1 ponto percentual, de 6% para 5,9%. Nas dívidas vencidas de 15 a 90 dias, que ainda não são consideradas um calote, os atrasos caíram 0,2 ponto percentual, passaram de 7,9% para 7,7%. “A inadimplência maior estava concentrada antes em veículos, nas operações de prazos mais longos. Mas com as limitações, isso diminuiu. Nessa carteira, o ápice foi em maio e, de lá para cá os números vêm sendo reduzidos sistematicamente”, disse Maciel.

 

Do Correio Braziliense