Setor automotivo: Mapa da produção se concentra na Ásia
O mapa mundial da indústria
automobilística está
mudando. Montadoras fecham
plantas em seus países
de origem e concentram a
produção na China, Índia e
Leste Europeu. Essas regiões
são as que mais crescem no
segmento automotivo por
causa do custo reduzido de
produção e de mão de obra .
A China tem atualmente
120 fábricas, muitas de
pequeno porte, e sua produção
passará das 7,5 milhões
de unidades do ano passado
para 12 milhões em 2010.
O Leste Europeu já é
chamado por analistas de
Detroit do Leste. Desde
1995, a região recebeu R$ 50
bilhões em investimentos em
novas fábricas de carros e autopeças, principalmente na
Eslováquia, República Checa,
Romênia, Hungria, Polônia e
Turquia. A capacidade produtiva
de 3,8 milhões de veículos
vai a 5,4 milhões em 2010.
Os países do leste consomem
aproximadamente 1 milhão
de veículos por ano.
Grandes montadoras como
Volkswagen, Toyota, GM e
Renault montaram linhas nesses
países de olho nos consumidores
da Europa Ocidental,
que compram perto de 14,5
milhões de unidades ao ano.
A Índia espera produzir
2,8 milhões de veículos daqui
a três anos, um milhão a mais
que em 2006.
Crescimento concentra renda
O crescimento econômico
registrado em 2006 na
Ásia, como o do setor automotivo,
beneficiou somente
uma parte da população
e não diminuiu as desigualdades,
afirma a Anistia
Internacional (AI) em
seu relatório anual, apresentado
ontem na Inglaterra.
O relatório ressalta que
taxas invejáveis de crescimento
econômico foram alcançadas,
principalmente na China
e Índia, mas continuam
grandes, ou até maiores, as
disparidades de renda da população.
Na Índia, por exemplo,
aumentou 28% o total da
população que vive abaixo
do nível de pobreza.
Na China, afirma a Anistia,
embora “muitas pessoas
tenham saído da miséria”,
continua existindo
“uma escandalosa diferença
entre a qualidade de vida
das comunidades rurais e
das áreas urbanas”.