Setor Metalúrgico: 20 meses de crescimento constante do emprego
O ramo metalúrgico abriu 37.792 novos postos de trabalho em todo o Brasil de janeiro a abril deste ano, segundo balanço da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT) e do Dieese. Assim, já são 20 meses de crescimento constante de emprego no setor.
Mais de 37 mil vagas em 2006
O ramo metalúrgico abriu 37.792 novos postos de trabalho em todo o Brasil de janeiro a abril de 2006, o que representa um crescimento de 2,4% no número de vagas criadas em relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados são de pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT) com o Dieese. “São 20 meses consecutivos de novos postos de trabalho”, comemora Valter Sanches, secretário de Organização da CNM-CUT.
“Depois de termos perdido quase 1,5 milhão de empregos durante o período FHC, recuperamos perto de 300 mil postos de trabalho desde o início do governo Lula”, destaca.
Só no Estado de São Paulo foram criados 17.593 empregos, um crescimento de 2,3% nos quatro primeiros meses do ano.
O ABC teve aumento de 1.617 vagas, com 1,5% de empregos a mais nas sete cidades da região.
Dirigente otimista com crescimento
A indústria em geral apresenta certa estabilidade, mas os setores que compõem a cadeia metalúrgica têm obtido resultados mais expressivos. A automotiva já acumula aumento de 8,7% na produção.
O setor eletroeletrônico faturou 8% a mais no primeiro bimestre do ano. Autopeças, siderúrgicas e bens de capital também mostram indicadores positivos.
Sanches está otimista com a continuidade do crescimento e aponta os investimentos de R$ 11,6 bilhões previstos para o ramo metalúrgico até 2008 como animadores para abrir novos postos de trabalho .
“Os R$ 25 bilhões que o aumento do salário mínimo injetarão na economia também vão fazer crescer o consumo de aço, eletroeletrônicos e outros bens, gerando mais emprego”, lembra Sanches.