Setor metalúrgico volta a empregar
No último ano e meio foram criados 163 mil novos empregos nos setores
metalúrgicos em todo Brasil. É um crescimento de 12,5% em relação a janeiro do
ano passado, segundo a subseção Dieese da Confederação Nacional dos Metalúrgicos
da CUT (CNM-CUT).
É pouco perto do desastre provocado entre 1987 e 2000,
quando a categoria perdeu 1,5 milhão de empregos. Em 87, a categoria tinha 2,8
milhões de trabalhadores.
A maior parte das vagas foi extinta nos anos
90, quando o Brasil iniciou a política de abertura aos importados. Entretanto,
hoje mudou e a perspectiva é que o ritmo de abertura de vagas
prossiga.
Valter Sanches, diretor do Sindicato e da CNM, explica que
políticas direcionadas, ampliação das linhas de financiamento, incentivo à
exportação, entre outras medidas do governo federal, é que possibilitaram a
retomada da produção e aumento do emprego.
Ele cita o exemplo do setor
naval, completamente abandonado no governo anterior e que em 18 meses conseguiu
dobrar o número de empregos.
“De um setor quase fechado por causa das
importações, hoje conta com perto de 45 mil trabalhadores”, contabiliza Sanches.
Outro setor que retomou a produção nacional foi o de bens de capital
(máquinas e equipamentos). Atualmente emprega 201 mil trabalhadores, 30% a mais
que em janeiro do ano passado.
Onde trabalham mais
metalúrgicos:
Setor | Emprego | Crescimento* |
Automotivo | 96.816 | 9,4 % |
Autopeças | 178.900 | 9,0 % |
Siderúrgicos | 58.428 | 6,6 % |
Bens de capital | 200.774 | 8,2 % |
Fundição | 53.224 | 10,0 % |
Alumínio | 46.178 | 4,3 % |
Aeroespacial | 16.488 | 16,4 % |
Eletroeletrônico | 127.800 | 10,0 % |
* Crescimento do emprego em 2004