Sexta-feira: Um dia de histórias e mitos

Muito antes de ser lembrada como o dia da morte de Cristo, a sexta-feira já era um dia carregado de crendices e superstições. Elas existem desde os tempos mais distantes e até mesmo entre os gregos, que no século 5 antes de Cristo deram início ao pensamento filosófico, essas crendices eram respeitadas pela sociedade.

Muito do que se hoje atribui às sextas-feiras percorreu os séculos até a Idade Média. Nas guerras do período, os reis davam uma trégua e não permitiam que seus soldados matassem os inimigos nas sexta-feiras. No século 15, os povos continuaram com essas crendices, mas agora com diretrizes baseadas no calendário e nas práticas cristãs.

Essa mudança fez com que aumentassem as superstições em torno da Semana Santa, que é uma das festas máximas da Igreja Católica. Algumas das superstições mais populares são estas:

13 é o número do azar porque a última ceia reuniu Cristo e mais 12 apóstolos. Entre os 13 estava Judas, o traidor.
a figueira, árvore na qual Judas se enforcou, é considerada a árvore maldita, ou a árvore da justiça ou árvore da vingança.
quem cortar cabelo durante a semana santa fica careca.
quem canta na quaresma, período que antecede a Páscoa, vira
mula-de-padre.
sexta-feira é considerado dia de azar pois foi nesse dia que Cristo morreu. Qualquer atividade pode virar castigo.
no campo não se pode matar animal, tirar leite da vaca e comer carne vermelha, que acarretam a cólera divina.
não se pode plantar ou colher sob pena de perder a roça.
matar formigas pode fazer com que elas aumentem de número.
o lobisomem, aparece de quinta-feira para sexta-feira.
queimar ramos distribuídos no Domingo de Ramos, acalma os temporais.