Sinal amarelo: Desemprego volta a subir em SP e no ABC

O desemprego na Grande São Paulo subiu pelo segundo mês consecutivo em março. A taxa, que era de 17,1% em fevereiro, foi para 17,3% da PEA (População Economicamente Ativa) no mês passado, segundo pesquisa da Fundação Seade e Dieese divulgada ontem. Em março do ano passado o índice estava em 20,6%.

O resultado do levantamento é mais preocupante para os trabalhadores no ABC. O desemprego na região aumentou 1%, passando de 15,7% para 16,7%.

Antes dessas duas altas, a taxa de desemprego na Grande São Paulo havia recuado por nove meses seguidos. Em janeiro último, havia atingido 16,3%, o nível mais baixo desde janeiro de 2001.

O crescimento do desemprego ocorreu apesar da serem criadas 15 mil vagas em março. A indústria, por exemplo, abriu 11 mil postos de trabalho (alta de 0,7% no nível de ocupação do setor).

As novas vagas, no entanto, não foram suficientes para compensar a entrada de 43 mil novos trabalhadores no mercado.

Por isso 28 mil companheiros ficaram fora da PEA e fizeram crescer a taxa de desemprego. Agora são 1,71 milhão de pessoas sem trabalho na Grande São Paulo.

O tempo médio gasto na procura de trabalho diminuiu de 57 para 52 semanas. Três semanas a menos que em março de 2004.

Rendimento

A renda média do trabalhador teve comportamento contrário ao emprego e subiu em fevereiro após três meses em queda. Agora ela é de R$ 1.011,00 (0,2% maior que em janeiro).

Os dados da pesquisa sobre renda têm um mês de diferença em relação aos do emprego porque os pesquisadores perguntam aos entrevistados quanto receberam no mês anterior.