Sindicalismo, Previdência Social e Produtividade

O sindicalismo do século 21 tem como grande desafio encontrar um ponto de equilíbrio entre uma demanda cada vez maior por produtividade e o envelhecimento no trabalho imposto pelas necessidades do sistema previdenciário.

>> Aposentadoria mais tarde

No mundo todo, a necessidade de financiamento da Previdência Social diante da maior expectativa de vida das pessoas, tem levado ao prolongamento do tempo de trabalho e contribuição. A tendência é de que as pessoas se aposentem apenas por volta dos 60 anos ou até mais tarde.

>> Exigências produtivas maiores

Com a competitividade acirrada num mercado cada vez mais globalizado e a forte demanda por redução de custos, as organizações procuram trabalhadores cada vez mais jovens, qualificados e dispostos a superar limites pessoais em prol do sucesso da empresa.

Não faz parte dessa política empresarial aceitar os salários maiores dos funcionários mais antigos, tampouco a menor capacidade produtiva e a pouca disposição de abrir mão dos projetos pessoais para “vestir a camisa da empresa”.

>> Difícil conciliação

Na tentativa de contemplar interesses tão antagônicos o movimento sindical deverá enfrentar um enorme desafio.

Com a reforma sindical e a provável implantação da contratação coletiva, tudo dependerá da capacidade de negociação e do poder de pressão como organização no local de trabalho para conquistar melho-rias nas condições de trabalho e inclusão de pessoas acima de 40 anos em programas de reciclagem e requalificação profissional.

Esses dois fatores são preponderantes para o prolongamento da vida produtiva com saúde e bem estar.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente