Sindicalistas entregam a Alckmin propostas para superar guerra comercial

Documento apresenta seis pontos para proteger os empregos e a soberania nacional

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O presidente da CUT Sérgio Nobre, presidentes e lideranças da Força Sindical, UGT, CTB, CSB e NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), e empresários estiveram reunidos na última quarta-feira, 16 com o vice-presidente da República e ministro do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Geraldo Alckmin. Na pauta a taxação de 50% dos Estados Unidos nas exportações brasileiras. Também esteve presente o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Sérgio Nobre destacou a necessidade da defesa da soberania, dos empregos e da indústria brasileira. “Diante dessa agressão à nossa soberania e a sabotagem ao desenvolvimento econômico do Brasil, a união do setor produtivo é fundamental para que o país possa evitar uma crise em que o maior prejudicado será o trabalhador”.

Na reunião, as centrais sindicais entregaram um documento em que defendem seis pontos para proteger os empregos e a soberania nacional. São eles:  defesa da produção nacional; proteção do emprego e da renda, negociação coletiva e participação sindical; institucionalização do diálogo social; transição ecológica justa e inclusiva e nova estratégia comercial externa.

“O ‘tarifaço de Trump’ é expressão de uma disputa global por hegemonia econômica e tecnológica. Essa disputa atinge o Brasil de forma direta e indireta, pressionando setores industriais estratégicos, intensificando a desindustrialização, desorganizando cadeias produtivas e ameaçando milhares de postos de trabalho. Diante desse cenário, é necessário buscar alternativas, construir novos caminhos e abrir outras possibilidades”, aponta o documento.

O texto também destaca a necessidade de justiça social. “É hora de fortalecer e aprimorar um projeto de desenvolvimento com inclusão e justiça social — um projeto que inove nas escolhas estratégicas, reduza nossas vulnerabilidades, enfrente a concorrência predatória e crie mecanismos de proteção frente à instabilidade externa”.