Sindicato alerta para infecções recorde pela ômicron e reforça importância da vacinação e de manter os cuidados
Brasil registrou, pelo segundo dia consecutivo, recordes de casos de Covid. Além do crescimento de casos, as mortes também aumentaram
Os brasileiros estão entendendo na prática o que os especialistas em saúde alertaram no final do ano passado, que a variante ômicron tem uma taxa de transmissibilidade muito mais alta, apesar de ser menos letal do que a delta, que vigorava no país desde o início da pandemia.
Neste início de ano o país enfrenta uma nova explosão de casos. Com a alta, os testes nas farmácias estão em falta, as redes de saúde, mais uma vez sobrecarregadas, e em boa parte das empresas há um grande número de afastamento de trabalhadores contaminados. Além do novo surto de Covid-19, outra preocupação é com gripe H3N2 que tem levado muita gente a procurar hospitais e unidades de saúde.
Na última quarta-feira, 19, o Brasil registrou, pelo segundo dia consecutivo, recordes de casos de Covid. Foram 205.310 infecções, maior número em um único dia. A média móvel de casos também atingiu o recorde de toda a pandemia com 100.322 infecções por dia, valor 487% maior do que o dado de duas semanas atrás.
Além do crescimento de casos, as mortes também aumentaram. No mesmo dia foram registrados 349 óbitos e a média móvel chegou a 215 mortes por dia, aumento de 114%, também em relação aos dados de duas semanas atrás. Os dados foram compilados pelo consórcio de veículos de imprensa.
Reforçar os cuidados e se vacinar
O diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, alertou para a necessidade de reforçar os cuidados diante da alta de contaminações e de se vacinar e vacinar os filhos.
“Felizmente a vacinação tem avançado no país e aqui temos a cultura de nos vacinar, já que o SUS abrange todo o território nacional, o que facilita que as vacinas cheguem. Mas isso não significa que estamos no final da pandemia, têm surgido ondas de novas variantes e por isso não podemos relaxar nos cuidados, devemos manter toda a prevenção. Ainda não é o momento de votar à normalidade”.
O dirigente reforçou que o Sindicato tem acompanhado e monitorado a situação nas fábricas e que a primeira preocupação é com a saúde e a vida da companheirada.
“Da mesma forma que temos cobrado das autoridades ações de prevenção, sobretudo para os trabalhadores que utilizam transporte público e onde há grande concentração de pessoas, também estamos preocupados com como isso pode impactar na produção das empresas, já que muitas começam a parar, seja por falta de trabalhadores ou de insumos e matérias primas”.
“A vacinação é fundamental, trata-se de uma questão coletiva. Temos a cultura de nos vacinar desde crianças e essas imunizações têm nos livrado de várias doenças. Estou ansioso para tomar minha terceira dose e vacinar meu filho de cinco anos com muita esperança de que dessa forma nos livraremos do vírus”.
Anvisa libera Coronavac para faixa de 6 a 17 anos
A Diretoria Colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou por unanimidade o uso emergencial da vacina Coronavac para crianças de 6 a 17 anos. O voto dos diretores segue a recomendação da área técnica.
O pedido do Instituto Butantan era para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. No entanto, a agência reguladora entendeu que não existe dados suficientes para reduzir a vacinação até essa faixa etária. A avaliação também veta o uso do imunizante em crianças e adolescentes imunocomprometidos.
Internações de crianças e adolescentes crescem 61%
O número de crianças e adolescentes internadas com Covid-19 nas UTIs em São Paulo, cresceu 61% nos últimos dois meses. De acordo com o governo paulista, no início de novembro 109 crianças estavam hospitalizadas, enquanto neste mês esse número chegou a 171 jovens de até 17 anos.