Sindicato apóia renovação da frota de caminhões em portos


Segundo Rafael Marques, vice-presidente do Sindicato, a modernização é benéfica pois a produção é nacional.
Foto: Rossana Lana / SMABC

O Sindicato está apoiando o projeto de modernização da frota de carretas e caminhões nos portos brasileiros organizado pela Associação de Municípios Portuários. A iniciativa é parte de um programa que também prevê mais recursos para infraestrutura e qualificação da mão-de-obra.

Rafael Marques, vice-presidente do Sindicato, destacou que a modernização é benéfica para o País, já que 100% das peças são produzidas aqui. “Toda a produção é nacionalizada”, comentou.

E acrescentou que a região também sairá ganhando com o projeto. “A renovação dessa frota vai aumentar a produção de caminhões nas montadoras do ABC, gerando empregos”, disse.

Rafael destacou ainda que a renovação da frota não possa ser vista apenas como uma questão econômica. Ela também é ambiental, com a redução dos poluentes, aumento da segurança no trânsito e retirada de circulação dos caminhões antigos.

No Porto de Santos, que tem maior movimentação de contêineres no País, o transporte de carga é feito por cinco mil caminhões, sendo que 90% deles têm mais de 30 anos.

O prefeito da cidade, João Paulo Papa, disse que o destino dos caminhões mais antigos é a atividade portuária, uma vez que os veículos circulam entre o porto e o local onde as cargas ficam armazenadas. “As viagens são curtas e não dependem de estradas, com as carretas andando na maior parte dos casos nas áreas urbanas”, explicou.

Ele defende a criação de linha de crédito especial para a compra de novos veículos pelos caminhoneiros, compatível com a renda deles e com prazo longo para pagamento.

Como esses profissionais recebem pagamento por viagem conforme uma tabela do sindicato patronal, eles não têm condições de comprovar a renda, que é uma das exigências do programa Procaminhoneiro.

 Estudo mostra que esse programa do governo federal é usado basicamente pelas transportadoras, e apenas 5% dos beneficiados são autônomos.

O prefeito afirmou que um grupo de trabalho do Ministério do Desenvolvimento está envolvido no programa. “É uma política que deve ser conduzida pelo governo federal, já que o mercado não tem condições de, por si só, promover a renovação dessa frota”, concluiu.

Da Redação