Sindicato aposta na construção do Gripen em São Bernardo

Aroaldo Oliveira da Silva, vice-presidente do Sindicato

O vice-presidente do Sin­dicato, Aroaldo Oliveira da Silva, ficará até amanhã na Suécia para conhecer melhor as instalações da Saab, empresa que fornecerá ao Brasil os caças Gripen NG encomendados pela Força Aérea Brasileira, a FAB.

O anúncio que a Saab será a fornecedora do modelo de avi­ões de combate do País foi feito em dezembro pela presidenta Dilma. O contrato, de cerca de R$ 10 bilhões, prevê a compra de 36 aeronaves e a transferên­cia de tecnologia para o País.

No início do ano, o prefeito Luiz Marinho e a Saab anun­ciaram o investimento inicial de R$ 363 milhões para a cons­trução de fábrica em São Ber­nardo, que produzirá 80% das estruturas para o Gripen NG, com a geração de pelo menos mil empregos diretos.

“Nossa aposta para a cons­trução deste polo aeroespacial em São Bernardo é grande. O acordo com a Saab já existe, porém ainda há detalhes que precisam ser definidos”, desta­cou o vice-presidente.

Ele lembrou que o acordo começou a ser construído em 2010 com o apoio do governo federal e vai incentivar uma série de empreendimentos que envolverão trabalhadores, em­presas e universidades.

“Vamos ter que formar gen­te para o segmento, por isso precisamos entender melhor como ele funciona”, afirmou Aroaldo. “Estamos acostuma­ dos a conversar com empresas do setor automotivo e o diálogo será diferente com uma empre­sa de aviação”, prosseguiu. “São pautas diferentes, processos produtivos diferentes e teremos de aprender tudo isso”, concluiu Aroaldo.

No processo de preparo de trabalhadores da região para assumir os postos de trabalho que serão abertos com a vinda da nova fábrica, o Sindicato quer envolver na negociação instituições de ensino do ABC com cursos de pós-graduação na área de Defesa que serão desenvolvidos pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.

Caças supersônicos

São aeronaves que voam acima da velocidade do som, ou seja, a mais de 1.255 km/h. O modelo Gripen NG da Saab que será produzido no Brasil pode atingir 4 mil km/h.

Da Redação