Sindicato celebra 40 anos do MST em lançamento de carta aos brasileiros

Documento reflete compromisso contínuo do movimento com ideais de justiça social, igualdade e destaca feitos alcançados ao longo de sua história

Foto: Divulgação

Os Metalúrgicos do ABC celebraram os 40 anos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) durante o lançamento da “Carta Compromisso do MST com a Luta e o Povo Brasileiro” em ato político realizado em 27 de janeiro na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP). Evento reuniu militantes, lideranças políticas e ministros do governo federal.

O vice-presidente dos Metalúrgicos do ABC, Carlos Caramelo, lembrou que o movimento nasce dos anseios dos trabalhadores por terra, respeito, mas por meio da luta e resistência.

“Ali, homens e mulheres fundaram o movimento camponês nacional para lutar pela terra, pela reforma agrária e por mudanças sociais no país. O MST nasce no seio da ditadura, com cicatrizes políticas de um processo que prendeu e ceifou vidas, mas ainda assim consegue conquistar territórios e começar o processo de luta”, lembrou Caramelo.

“A sociedade deve muito a esse movimento porque eles tiveram coragem de enfrentar grandes latifúndios, diversos governantes, foram perseguidos politicamente e tudo isso é uma somatória de muitas frentes. Tudo custou caro para muitos deles, custou a vida, liberdades individuais e nunca foi uma luta só do movimento”.

Compromisso

O texto da carta ressalta a importância da preservação do meio ambiente e da busca por práticas sustentáveis, destacando o papel fundamental do MST na defesa dos bens da natureza. Enfatiza ainda o compromisso do movimento em promover a inclusão social e econômica dos trabalhadores rurais, consolidando sua posição como voz ativa na busca por justiça agrária.

“Para nós que estamos na cidade essa luta nos motiva e também faz parte da nossa história porque esse encontro do campo com a cidade tem como pilares resistir, enfrentar o capital, enfrentar todo o tipo de opressão. Para nós, que hoje estamos metalúrgicos, é motivo de orgulho ter o MST como nosso irmão”.