Sindicato começa campanha de arrecadação às vítimas da maior tragédia climática no Rio Grande do Sul

Sede, Regionais e CSEs nas fábricas recebem alimentos não perecíveis e outros itens, que serão levados via Correios até o estado

Foto: Ricardo Stuckert

Os Metalúrgicos do ABC iniciam hoje campanha de arrecadação em solidariedade às vítimas das fortes chuvas que causaram alagamentos e desabamentos no Rio Grande do Sul. A maior tragédia climática do estado, com dias consecutivos de tempestades extremas que deixaram 83 mortos e mais de 100 desaparecidos, número estimado até o fechamento desta edição da Tribuna Metalúrgica, completou uma semana nesta segunda-feira, 6, sem perspectiva de terminar.

Foto: Adonis Guerra

O presidente dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, alerta aos metalúrgicos e metalúrgicas na base que a questão climática não é mais uma pauta do futuro, mas já se faz presente no país e no mundo. “Um dos principais valores do nosso Sindicato é a solidariedade, é se colocar no lugar do outro”.

“As doações podem ser entregues nas fábricas com CSEs (Comitês Sindicais de Empresas), na Sede e regionais do Sindicato. A campanha segue até o próximo sábado, 11”, lembrou Moisés. “Receberemos alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza, cobertores, roupas, água potável, dentre outros itens”.

“Os Correios também estão solidários à esta ação e se encarregarão de levar nossas doações. Essa parceria é importantíssima. Vamos ajudar quem mais precisa neste momento, faz bem para o coração e para a alma”, afirmou o dirigente.

Números

Foto: Ricardo Stuckert

De acordo com o levantamento da Defesa Civil, são 149,3 mil pessoas fora de casa, sendo 20 mil em abrigos e 129,2 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Ao todo, 364 dos 496 municípios do estado foram afetados. O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado por tempo indeterminado a e deve permanecer assim, pelo menos, até 30 de maio.

O governo do Rio Grande do Sul contabiliza ainda que 850 mil pessoas foram afetadas pelo evento climático extremo. No total, 291 indivíduos estão feridos e 111 desaparecidos. As cidades com o maior número de óbitos são Cruzeiro do Sul, Gramado, Veranópolis, Caxias do Sul, Lajeado e Santa Maria.

Durante a segunda visita ao estado desde o início da tragédia, o presidente Lula afirmou que o governo federal ajudará na recuperação da infraestrutura estadual e que a burocracia estatal não atrapalhará os esforços de reconstrução. “O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul”, disse Lula, mencionando a pujança agrícola do Estado. “Se ele sempre ajudou o Brasil, agora está na hora de o Brasil ajudar o Rio Grande do Sul”.

O que doar

• Material de limpeza: saco de lixo, detergente, álcool 70%, desinfetante, cloro, sabão em pó, esponja, vassoura, rodo, pano de chão e balde

• Produtos de higiene: pasta, escova de dentes, sabonete e papel higiênico. Para as mulheres: absorventes e calcinhas descartáveis

• Água potável

• Alimentos não perecíveis

• Roupas, fraldas, sapatos e roupas de cama e banho, além de cobertores, mantas e colchões

Como ajudar

As doações podem ser feitas na Sede (Rua João Basso, 231, Centro, São Bernardo (Informações: 4128-4200); Regional Diadema (Avenida Encarnação, 290, Piraporinha – CEP: 09960-010 (Informações: 4061-1040); Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – Rua Felipe Sabbag, 149, Centro, Ribeirão Pires – CEP: 09400-130 (Informações: 4823-6898); e nas fábricas aos CSEs.