Sindicato completa 63 anos com muita história e vitalidade para avançar nas lutas
Atividade contou com a presença de lideranças que sempre se somaram ao movimento sindical
O Sindicato completou ontem 63 anos de luta em defesa dos metalúrgicos do ABC e celebrou a data com quem sempre esteve junto na luta.
O presidente dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, agradeceu a todos e todas que construíram a história e ressaltou que os CSEs são a essência do Sindicato.
“Neste período nós choramos e sorrimos, tivemos muitas vitórias. Os 63 anos nos trazem a sabedoria necessária para discutir o futuro da classe trabalhadora, mas não perdemos a vitalidade para seguir avançando nas lutas”, declarou.
“Construímos uma história e iremos construir também o futuro da classe trabalhadora. Crescemos tanto que o Sindicato se tornou uma referência para além dos metalúrgicos. Somos um sindicato que luta pela categoria, por melhores salários e condições de trabalho, mas que não se furta a lutar pela terra, pela moradia, a combater a miséria e o desemprego”, afirmou.
“Este Sindicato se abre ao mundo, sintam-se todos e todas pertencentes a uma das categorias mais importantes do nosso país”, concluiu.
Referência nacional e internacional
Para o presidente da CUT e ex-presidente dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, “é uma grande honra ser militante e fazer parte deste Sindicato que tem uma capacidade de ensinar a gente, é uma grande universidade e tudo o que acontece aqui tem repercussão nacional. É um sindicato respeitado internacionalmente e isso é uma grande responsabilidade. Este ano a classe trabalhadora tem a grande tarefa que é ganhar essas eleições”.
João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, destacou a referência nas lutas. “Nós do MST temos o Sindicato como uma referência política, ideológica e de organização dos trabalhadores do nosso país. O MST chegou onde chegou com a referência em sindicatos como o dos Metalúrgicos do ABC. Contem muito com o nosso movimento nas lutas”.
Rumos do país
A coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC, Maria do Amparo Travassos Ramos, falou sobre a participação feminina nas eleições. “Vale ressaltar a importância da nossa organização sindical do local de trabalho, com ela é possível fazer política dentro e fora da fábrica. Este é um ano diferente, nós mulheres somos 52% do eleitorado brasileiro e podemos mudar os rumos da política no nosso país”.
A vice-prefeita de Diadema, Paty Ferreira, representando o prefeito Filippi, destacou que são anos de luta e movimento. “Só tenho a parabenizar cada uma e cada um de vocês e desejo que o próximo ciclo seja de muito mais esperança e principalmente de muito mais conquistas”.
O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, falou que tem muito orgulho da categoria. “Minha história é a história de vocês. Aqui nesta casa eu me formei. Devo muito a este Sindicato. Tudo o que foi conquistado na luta como vereador e agora como prefeito eu devo muito a esta casa”.
Fim do pesadelo
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad também marcou presença. “Este Sindicato é anfitrião da classe trabalhadora. Apesar de ser professor e não metalúrgico, tenho orgulho de ter servido a um metalúrgico no Ministério da Educação”.
“Hoje às custas do rebaixamento dos salários as empresas estão lucrando mais. O pesadelo está chegando ao fim e vamos acordar para um Brasil diferente. Não podemos deixar nada para depois, o Brasil tem pressa e precisamos tirar as famílias da situação de miséria que elas se encontram”.
Carteirinhas
Na atividade foram entregues as carteirinhas para os CSEs e CSA eleitos pela categoria para a Diretoria Plena do Sindicato no mandato até 2023.