Sindicato debate iniciativa do Sesi sobre inclusão de pessoas com deficiência no trabalho

Os Metalúrgicos do ABC ampliaram o diálogo nesta segunda-feira, 23, sobre o Projeto Sonho Meu, apresentado pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) na Fundacentro, capital paulista. A iniciativa faz ponte entre o processo educativo e a inclusão do jovem, na condição de pessoa com deficiência, no mercado formal de trabalho. O público-alvo são alunos do 2º e 3º ano do Ensino Médio, articulado com a formação técnica e profissional do 5º Itinerário Formativo, a partir de 16 anos completos.

O membro do Conselho da Executiva do Sindicato e do Sistema S no Senai, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, questionou as responsabilidades das empresas na formação do jovem aprendiz com deficiência. “Temos que avançar nos debates para que esses trabalhadores tenham formação e sejam apadrinhados por empresas. Tudo isso para garantir a empregabilidade deles. O projeto ainda não está fechado e vamos usar este diálogo para complementá-lo, inclusive com novas reuniões”.

Das sugestões apresentadas, especialmente de sindicalistas e militantes da inclusão, considerando a missão institucional de promover a saúde e segurança do trabalhador e trabalhadora, estão a educação inclusiva e o uso da tecnologia assistida, tanto no processo formativo quanto na atividade de trabalho. Alguns dos problemas observados são as empresas que querem apenas pessoas com deficiência leve para contratação e o oferecimento de vagas de baixa qualidade.

“Precisamos ter segurança de que esses trabalhadores vão se manter no emprego quando concluírem o curso, e que a empresa não tenha restrição com quem usa cadeira de rodas, seja deficiente visual, dentre outros”, alertou o coordenador da Comissão de Metalúrgicos e Metalúrgicas do ABC com Deficiência e presidente da ABEA (Associação Brasileira de Emprego Apoiado), Sebastião Ismael de Sousa, o Cabelo.

Apoio

Participaram também representantes da SRTE/SP (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo); auditores fiscais do Trabalho que atuam nessa temática; do Ministério de Ciência e Tecnologia; do Espaço da Cidadania; Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região; Conselho Nacional do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); e Senai de Itu.