Sindicato debate medidas econômicas para o enfrentamento da pandemia em reunião do Consórcio
Videoconferência reuniu mais de 50 representantes de prefeituras, indústrias, comércios e sindicatos da região
Representantes dos Metalúrgicos do ABC participaram ontem, por meio de videoconferência, de reunião promovida pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC e pela Agência de Desenvolvimento Econômico, com secretários municipais e entidades de classe para debater os rumos da economia na região diante da pandemia do coronavírus.
Na ocasião, foram debatidos temas como demandas de logística e transporte de carga, reconversão industrial, tributos, liberação dos créditos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), Pró-Ferramentaria e melhoria do atendimento no Banco do Povo.
O secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, destacou como um dos focos a questão do crédito. “Apontamos que as instituições financeiras ‘sentaram em cima do dinheiro’. A proposta é que o Consórcio seja um articulador para pressionar o governo federal para que essas medidas de crédito, de fato, cheguem às empresas”.
O dirigente também reforçou a pauta sobre reconversão industrial, que vem sendo amplamente proposta pelo Sindicato, CUT e centrais sindicais. “É preciso aprofundar o debate. Muitas empresas ainda não sabem como agir, não sabem o que produzir ou se possuem equipamento adequado. Por isso, o papel do Consórcio de articular essas necessidades e enxergar a potencialidade das empresas”.
“Aprofundamos o debate dos tributos, tanto estaduais como os municipais, já que aqui na região há políticas diferentes neste momento de pandemia. É preciso nivelar a mesma política para todas as cidades sobre isenções e postergações dos tributos”, completou.
Durante a vídeo conferência também foram debatidas as preocupações ao fim do isolamento. “Discutimos muito a questão dos créditos de ICMS que será importante no pós-pandemia, na retomada, ajudará muito diversas empresas. Também houve articulação a respeito do Banco do Povo Regional, Estadual e o Banco do Povo Solidário, principalmente com relação ao microcrédito para que o pequeno empreendedor possa ter acesso com menos burocracia”.
O movimento sindical também pautou a necessidade da discussão sobre garantia de emprego. “Se não houver manutenção dos empregos, aí é que não conseguiremos retomar a economia local, já que o desemprego na nossa região é maior do que a média nacional”, pontuou.
Ainda segundo Aroaldo, a ideia é que essas entidades da sociedade civil comecem a construir um caminho durante a pandemia e a estruturar a retomada da economia. “Foi consenso que o isolamento social é necessário, que o governo tem que buscar as alternativas para equilibrar a economia neste período, para que possamos discutir, com certa tranquilidade, a retomada econômica”, concluiu.