Sindicato debate no BNDES estímulos às ferramentarias
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, e o diretor executivo, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho levaram ao diretor das áreas de Administração, Financeira e de Operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, Maurício Borges o programa para Ferramentarias.
Da esq: Carlos Alberto Gonçalves, o Krica; Maurício Borges; Rafael Marques; e José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, e o diretor executivo, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, apresentaram a Maurício Borges, diretor das áreas de Administração, Financeira e de Operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, a proposta dos Metalúrgicos do ABC para estimular as ferramentarias do Brasil.
O encontro ocorreu na sede da instituição financeira, no Rio de Janeiro, e teve a participação de Carlos Alberto Gonçalves, o Krica, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo e ex-diretor do Sindicato.
“Queremos construir, de forma conjunta, um programa piloto para o desenvolvimento robusto deste setor no País”, explicou o presidente. Segundo ele, a participação do BNDES é fundamental para a viabilidade do programa.
“Existe um grupo de trabalho no Banco sobre o tema e acreditamos que a experiência do Sindicato, com a constituição do Arranjo Produtivo Local, o APL, de Ferramentaria pode agregar conhecimento às diretrizes do programa”, justificou Rafael.
O objetivo é garantir um modelo de financiamento que torne as ferramentarias brasileiras competitivas no mercado global. “Já estivemos entre as melhores do mundo, mas fomos perdendo esse espaço.
Por isso precisamos fortalecer o setor e voltar a este patamar”, lembrou o presidente. Para Rafael, com o novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, haverá um aumento da disponibilidade de horas de ferramentaria.
“Nos próximos anos teremos essa atividade intensificada em função das exigências do Inovar-Auto e precisamos garantir que o setor dê conta da procura”, afirmou.
Além disso, o programa piloto também terá que prever a ampliação dos atuais 250 mil postos de trabalho existentes no setor.
“Essa expectativa de futuro também nos estimula a buscar qualificação e capacitação para a nossa categoria”, destacou.
“Estamos trabalhando para que o programa esteja pronto ainda este ano e sirva de modelo para outras cadeias da indústria no Brasil”, concluiu o presidente.
Experiência do ABC comprova possibilidades do setor
Durante o encontro na sede do BNDES o Sindicato também apresentou um diagnóstico baseado no Arranjo Produtivo Local, o APL de Ferramentaria do ABC.
“Nos últimos três anos estivemos analisando as possibilidades de desenvolvimento deste setor a médio e longo prazos”, explicou o diretor executivo José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, que acompanha os APLs pelo Sindicato e esteve no Banco.
Segundo o dirigente, o Brasil tem toda a capacidade de formular ações como a instalação de um centro de desenvolvimento de ferramentarias, associado às universidades, que alie novos projetos e formação profissional.
“Os estudos que realizamos com o APL de Ferramentaria comprovam que é possível atender a um aumento das atuais 6 milhões de horas por ano para algo em torno de 18 milhões de horas por ano”, disse.
Bigodinho lembrou que 90% das peças de um automóvel são fabricadas a partir de um molde de ferramentaria e, por isso, o setor é estratégico para a indústria automotiva.
“Não é por acaso que as montadoras jamais terceirizam o ferramental que será utilizado no ‘DNA’ de seus lançamentos. Eles não querem colocar em risco o diferencial dos novos carros”, destacou o diretor.
O Brasil é o quarto mercado automotivo e o 7º maior produtor de veículos do mundo.
Da Redação