Sindicato debate os efeitos de quatro anos da reforma trabalhista

A reforma Trabalhista, aprovada no governo Temer, completou quatro anos de vigência no último dia 11.

Ao contrário do que afirmavam os apoiadores da reforma na época, a mudança não cumpriu suas promessas de criação de empregos. Pelo contrário, apresentou como resultado um retrocesso nas condições de trabalho, rebaixou as remunerações médias, com impacto negativo na economia do país.

Para debater os efeitos nefastos da reforma, o secretário-geral do Sindicato, Moisés Selerges, conversa com a economista e coordenadora de Pesquisas e Tecnologia do Dieese, Patrícia Pelatieri, na live que vai ao ar hoje, às 18h. Toda a categoria está convidada a assistir, participar e tirar dúvidas.

Mais desemprego, informalidade e menos justiça

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o desemprego hoje está maior. No trimestre terminado em julho de 2021, a taxa de desocupação ficou em 13,7%.

Esse número é quase dois pontos percentuais a mais que os 11,8% registrados no último trimestre de 2017. No período, o total de desempregados subiu de 12,3 milhões para 14,1 milhões.

Ainda segundo o IBGE, no trimestre encerrado em outubro de 2017, antes das novas regras, a taxa de informalidade era de 40,5%. Entre maio e julho de 2021, a proporção de pessoas ocupadas trabalhando na informalidade ficou em 40,8%.

Outro retrocesso foi em relação às dificuldades de aceso à Justiça do Trabalho. Em 2020, a Justiça do Trabalho recebeu 2.867.673 processos, uma queda de 27,7% em relação a 2017.