Sindicato defende a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho
Fotos: Adonis Guerra
O Sindicato participou da audiência pública chamada pelo Ministério Público do Trabalho, o MPT, que notificou cerca de 200 empresas a cumprir a Lei de Cotas para pessoas com deficiência e reabilitadas, no dia 26 de julho, no Senai Mario Amato, em São Bernardo.
A audiência pública foi a terceira fase do projeto “Acessa ABC – acessibilidade como mote de inclusão”, com a disponibilização para as empresas dos dados dos trabalhadores do 1º cadastramento de pessoas com deficiência e reabilitadas do ABC. A próxima etapa é o acompanhamento das 260 pessoas cadastradas até o fim do ano.
“Nós vamos acompanhar de perto essa etapa e cobrar os compromissos que as empresas vão ter a partir de agora com o pessoal cadastrado para ocupar as vagas, fazer adaptações, treinamento e condições de trabalho adequadas”, afirmou o secretário de Formação da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho.
O coordenador da Comissão de Metalúrgicos do ABC com Deficiência e vice-presidente da Associação Brasileira de Emprego Apoiado, a Abea, Sebastião Ismael de Sousa, o Cabelo, ressaltou a importância do debate na luta pela inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
“Temos que mostrar para as empresas que não é escolher apenas contratar uma pessoa com deficiência leve. Isso é discriminação. Todas as pessoas têm potencial, basta dar condições. O ambiente é que tem que ser adaptado para as pessoas”, explicou.
Os Metalúrgicos do ABC participaram de reuniões do MPT com sindicatos e entidades para definir o projeto e, em junho, foi realizado o 1º cadastramento de pessoas com deficiência e reabilitadas do ABC.
“O objetivo é que as pessoas com deficiência sejam contratadas e inseridas, de fato, na sociedade por meio do trabalho. Vale lembrar que o Benefício de Prestação Continuada, BPC, não é perdido, mas suspenso quando a pessoa arruma o emprego. Caso perca o emprego, o benefício volta a ser pago”, concluiu.
Da redação