Sindicato discute investimentos no Brasil com embaixador da China

Em Brasília, dirigentes estiveram na Embaixada para tratar das pautas pela reindustrialização do Brasil e de conversas já iniciadas com empresas chinesas

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O presidente dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, e o diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, estiveram em agendas em Brasília nos dias 9 e 10 para tratar das pautas em defesa do desenvolvimento, da reindustrialização do ABC e do país, com geração de empregos.

No dia 10, a reunião foi com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, sobre as conversas já iniciadas com empresas chinesas que manifestaram interesse em produzir veículos na região e no Brasil. Entre elas Sinomach, Chery e Beijing Peak.

Os dirigentes destacaram a importância do ABC e sua alta capacidade para receber investimentos. “Falamos para o embaixador olhar com muito carinho para a nossa região, que está preparada pra receber investimentos e para geração de empregos. Temos mão de obra qualificada e uma cadeia de fornecedores já instalada”, afirmou Moisés.

“Também nos colocamos à disposição para conversar com outras empresas interessadas em investir no Brasil e, principalmente, no ABC. Por fim, convidamos o embaixador para conhecer o Sindicato”, contou.

Novas competências

Wellington ressaltou que uma das pautas na nova política do governo federal é a reindustrialização e a China pode ser um importante parceiro do Brasil.

“A China já é o maior parceiro comercial do país, mas pode ser um parceiro na vinda de empresas, na produção de novos produtos eletrificados e de componentes para a nova indústria. E, até mesmo em itens que não temos no país, mas que, a partir destas instalações chinesas aqui, poderíamos nos fortalecer como polo exportador para outros países”.

“Buscamos o desenvolvimento de competências que não temos hoje, a exemplo dos semicondutores. Com o plano de reindustrialização do governo e a busca do Sindicato por parceiros, podemos traçar um plano para preencher uma série de lacunas que temos no tecido industrial brasileiro”, defendeu. 

O Sindicato assinou carta de intenções com representantes da Chery e da Peak para fabricação de ônibus elétricos e veículos na região dia 6 de julho. No dia 1º de julho, os Metalúrgicos do ABC receberam uma delegação da empresa Sinomach e assinaram memorando de entendimentos com o objetivo de promover investimentos estratégicos e fabricar ônibus elétricos.

Senado

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No mesmo dia, os diretores estiveram no Senado para acompanhar a sessão convocada para ouvir presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre inflação e estabilidade econômica.

“O Sindicato tem debatido muito que a taxa básica de juros, a Selic, a 13,25% é injustificável. Ela prejudica a retomada da economia, do desenvolvimento e da reindustrialização e, principalmente, penaliza a população, sobretudo quem necessita de crédito, empréstimo e financiamento para conseguir melhorar vida”.

Também conversaram com o senador Jaques Wagner (PT-BA) e com Wilmar Lacerda, da 1ª secretaria do Senado, sobre o diagnóstico do setor automotivo já apresentado ao governo federal e a proposta do Sindicato para regimes do setor.

Setor automotivo

Na quarta-feira, dia 9, os diretores estiveram com o chefe de gabinete da Presidência da República, Marco Aurélio Ribeiro, o Marcola, e com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, para dialogar sobre os regimes automotivos regionais e as preocupações com o desequilíbrio na manutenção do incentivo proposto na reforma tributária.