Sindicato e coalizão querem Programa de Renovação da Frota no País

Foto: Edu Guimarães

Durante reunião entre o Sindicato e as instituições que compõem a coalizão do Pro­grama Nacional de Renovação da Frota de Caminhões no País, o presidente dos Metalúr­gicos do ABC, Rafael Marques, reforçou que trabalhadores e empresários mobilizam esfor­ços para a retomada do setor ainda em 2016.

O encontro aconteceu na terça, dia 10 de novembro, durante a Fenatran (feira que reúne o setor de transpor­tes rodoviários de carga), no Anhembi, em São Paulo.

“Neste momento, a Renova­ção da Frota de Caminhões é urgente por conta da baixa atividade econômica”, avisou o presidente. “Mas não deve vigorar apenas em momentos de crise”, ressaltou.

Segundo Rafael, o Progra­ma debatido com as entidades atende às normas internacio­nais com o aumento de eficiên­cia dos veículos, da segurança, do meio ambiente e a favor da agenda climática.

“O Brasil precisa ter esta iniciativa na sua agenda o que, no atual cenário, pode contribuir para a retomada dos mercados, do setor automotivo e, principalmente, o de cami­nhões”, declarou Rafael.

A Anfavea, sindicato das mon­tadoras, refez o estudo que reafirma a viabilidade do Pro­grama, já que a cada quatro ca­minhões que serão reciclados, um novo será comprado, o que mantém o nível de impostos e não cria novos gastos para o governo federal, neste momen­to de ajuste.

“Desta forma, o Programa se paga. Além, é claro, dos custos dos acidentes que di­minuirão, o trânsito que fluirá melhor, entre outros aspectos”, concluiu Rafael.

ENTENDA O PROGRAMA

O Programa prevê retirar de circulação caminhões com mais de 30 anos, reduzindo a idade gradativamente em dez, com a reciclagem de, pelo menos, 30 mil veículos ao ano.

A primeira etapa será desti­nada à modernização da frota de caminhões. Os veículos an­tigos representam quase 20% da frota – cerca de 200 mil unidades.

Além de emitir menos po­luentes, os caminhões novos também consomem 10% me­nos diesel em comparação aos antigos, que gastam 28% a mais de óleo diesel em distân­cias de até 800 km e 35% acima de 6 mil km.

Da Redação.