Sindicato e Ford assinam acordo para Programa Trabalho e Cidadania
Trabalhadores poderão participar de um dia anual de formação sobre o mundo do trabalho e as relações trabalhistas
Raquel Camargo
Ford é a segunda empresa da base a assinar acordo
Nesta terça-feira foi a vez dos trabalhadores na Ford garantirem participação no Programa Trabalho e Cidadania. Acordo nesse sentido foi assinado entre a direção da empresa e do Sindicato e a representação.
O acordo libera os trabalhadores a participarem de um dia anual de formação sobre o mundo do trabalho e as relações trabalhistas. Este é o segundo acordo assinado na base (o primeiro foi com a Mercedes) e o Sindicato continua negociando a liberação de companheiros de outras empresas.
“Um dos nossos compromissos é com o programa de formação. Já temos uma cultura de organização no local de trabalho e essa formação é muito importante, pois mostra o Sindicato fazendo parte da vida dos trabalhadores”, afirmou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato. Ele disse que estava feliz pelo fato de o programa ter começado em sua gestão.
Conflitos
Para o presidente da Ford do Brasil, Marcos de Oliveira, um trabalhador preparado tem mais capacidade para entender as relações trabalhistas e mais responsabilidade pelo trabalho individual. “Para as empresas, a informação adequada e correta é fundamental”, comentou.
O presidente da CUT, Artur Henrique, considerou o acordo histórico. “Nos locais onde existe uma efetiva organização dos trabalhadores e um processo constante de formação, a quantidade de processos judiciais é menor, pois os conflitos são resolvidos no dia-a-dia”, lembrou. Ele destaca que tanto a empresa como os trabalhadores saem ganhando.
Raquel Camargo
Artur Henrique, presidente da CUT, considerou o acordo histórico
Crescimento, com melhor atuação
A gerente de RH da Ford, Elisa Mara Rosa, acredita que o Programa mostra que as duas partes, empresa e trabalhadores, mostram disposição de privilegiar a conversa, a negociação. “A tendência é ele ajudar na administração do dia-a-dia e contribuir na definição do futuro”, comentou.
Por parte dos representantes dos metalúrgicos, a expectativa é das melhores. “O trabalhador precisa ter conhecimento da conjuntura e da atuação do Sindicato para ter um discernimento melhor da situação”, destacou Paulo Cayres, o Paulão, coordenador geral do SUR e do CSE.
Contentes
Já o coordenador do SUR, José Quixadeira de Anchieta, o Paraíba, salientou que o Programa concretiza a expectativa de levar mais conhecimento aos trabalhadores.
“Aqueles que participaram dos programas piloto saíram contentes com os resultados. Acreditamos que esse tipo de formação vai promover um crescimento da companheirada”, concluiu.