Sindicato encaminha ao governo de SP medidas complementares para manutenção dos empregos

Preocupados com o cenário global de agravamento de difusão da pandemia causada pelo COVID-19 e com as consequências econômicas provocadas pelo isolamento, os Metalúrgicos do ABC encaminharam ao governador do Estado de São Paulo, João Doria, em caráter de urgência, propostas complementares às ações já definidas.

Entre as propostas estão a flexibilização na cobrança do ICMS, implementação de programa de crédito empresarial, atendimento à população em situação de rua e produção de insumos hospitalares

Foto: Adonis Guerra

Preocupados com o cenário global de agravamento de difusão da pandemia causada pelo COVID-19 e com as consequências econômicas provocadas pelo isolamento, os Metalúrgicos do ABC encaminharam ao governador do Estado de São Paulo, João Doria, em caráter de urgência, propostas complementares às ações já definidas.

Estão entre elas a suspensão ou redução do ICMS, a implantação de um programa de credito empresarial; apoio aos setores industriais de atuação prioritária como alimentação e farmácia; reconversão industrial voltada à produção de equipamentos e insumos essenciais para o enfrentamento imediato da pandemia; além de um programa estadual temporário de transferência e complementação de renda com foco nas famílias mais vulneráveis a partir dos registros do Cadastro Único e busca ativa voltada à população em situação de rua. 

“Nosso primeiro pedido foi para que o trabalhador ficasse em casa e denunciasse condições inadequadas de trabalho. Depois passamos a cobrar dos entes públicos, saídas para que a população consiga se manter em casa. Agora estamos focados na cobrança para que os formalizados tenham garantia do seu emprego e da sua renda e que as empresas tenham condições de manter isso”, detalhou o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.

Para o presidente a manutenção do emprego e da renda só será possível se o governo flexibilizar a cobrança de impostos, oferecer linhas de crédito para capital de giro e dar suporte e condições adequadas para aquelas empresas que precisam continuar atuando.

Wagnão destacou entre as propostas a importância da reconversão industrial. “A reconversão industrial é essencial neste momento porque de um lado se garante uma parte da atividade industrial ativa e por outro, a produção e disponibilização dos insumos hospitalares que estão em falta”.

“O Sindicato está preocupado com a saúde dos trabalhadores, mas também com os empregos e as empresas. Pensamos nessas medidas para minimizar os impactos do coronavírus na economia do estado e, sobretudo, nos trabalhadores. Fizemos as propostas tendo em vista que nenhuma empresa vai fazer o desligamento dos trabalhadores, vai manter os vínculos empregatícios, os salários e a renda”, finalizou.

Paralelo a esse encaminhamento, o Sindicato também enviou à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), por meio do Deputado Estadual, Teonilio Barba (PT), uma proposta contendo pontos essenciais para o enfrentamento da crise com pontos que apresentam diretrizes de caráter institucional, sanitário e sociecoômicos.

Abaixo documento encaminhado ao governo do Estado: