Sindicato entrega Tribuna na Mahle e defende greve, caso o patronal não reveja sua posição
Se os patrões não melhorarem as propostas de Campanha Salarial, trabalhadores vão cruzar os braços
Diretores do Sindicato estiveram ontem na Mahle, em São Bernardo, entregando a Tribuna na Mão e dialogando com os trabalhadores e trabalhadoras. Na ocasião, destacaram a necessidade de estar atentos aos encaminhamentos do Sindicato, caso seja necessário iniciar a paralisação para alcançar o aumento real na Campanha Salarial.
Até esta quarta-feira, todos os grupos patronais já terão recebido aviso de greve da FEM/CUT (Federação Estadual do Metalúrgicos da CUT), conforme decisão aprovada em Assembleia Geral da categoria no último dia 6. Os metalúrgicos lutam por aumento real de pelo menos 2%.
O coordenador de área de São Bernardo e CSE na Mahle, Marcelo Pereira dos Santos, declarou que o pessoal está mobilizado e pronto para a luta. “Passamos 12 meses perdendo o poder de compra. A companheirada sabe que é chegado o momento de conquistar o aumento real. Portanto, se não houver avanço na mesa de negociação, se não alcançarmos os 2%, vamos iniciar o processo de paralisação. O patrão só ouve os trabalhadores quando as máquinas estão paradas”.
O CSE Cícero Alves de Brito Irmão, o Assaré, destacou o grau de politização do pessoal no chão de fábrica e também a mobilização geral. “Os diretores foram muito bem recebidos pela companheirada na fábrica que é muito politizada e está mobilizada para buscarmos nosso aumento real. Se depender dos trabalhadores na Mahle, as máquinas vão parar. Não tenha dúvida de que quando vencerem as 48 horas da entrega do aviso de greve, é só o Sindicato fazer o chamado que o pessoal vai cruzar os braços”.